Filho de Picciani é transferido para o Rio após ser preso pela PF
Felipe Picciani teve a prisão temporária decretada na operação Cadeia Velha
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, com Record TV
Felipe Picciani, filho do presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) , Jorge Picciani, desembarcou no Aeroporto Santos Dumont, centro do Rio, acompanhado de policiais federais, por volta das 17h30, nesta terça-feira (14).
Felipe teve a prisão temporária decretada durante a operação Cadeia Velha. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal, na zona portuária, e deve ser transferido para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, ainda esta noite.
O filho do presidente da Alerj foi preso após levar o pai até o Aeroporto Tenente Coronel Aviador César Bombonato, em Uberlândia, Minas Gerais, no início da manhã. Ao chegar no Rio, Jorge Picciani também foi abordado por uma equipe da PF e levado para depor.
Pedido de prisão de Picciani vai ser analisado pelo TRF, diz MPF
MPF pede bloqueio de R$ 154 milhões de Jorge Picciani e do filho
As investigações apontam que Felipe teria usado a empresa Agrobilar, do ramo agropecuário, para lavar o dinheiro recebido pelo pai dele por meio de propina.
Além dos Picciani, os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi e outras dez pessoas são investigados na operação Cadeia Velha. A ação, que é um desdobramento da Lava Jato, apura práticas criminosas no setor de transportes públicos com a participação de membros da Alerj.
Segundo as investigações, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, seu antecessor, Paulo Melo, e o segundo vice-presidente, Edson Albertassi, formaram uma organização integrada ainda pelo ex-governador Sérgio Cabral e que se estruturou de forma ininterrupta desde a década de 1990.
Ainda de acordo com o MPF, o grupo adotou práticas financeiras clandestinas e sofisticadas para ocultar a corrupção, que incluiu recursos federais e estaduais, além de repasses para a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro)
A defesa do presidente da Alerj declarou que as acusações divulgadas são falsas e que Picciani nunca recebeu qualquer vantagem em troca de favores. Ainda de acordo com a nota, a Alerj não atua a serviço de grupos de interesse.
Assista à série O Rio de Janeiro na Lama, do Jornal da Record: