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Hospital do RJ é alvo da PF por contrato de R$ 1,3 mi com gráfica para compra de luvas e máscaras

De acordo com o CGU, que também atua na operação, os contratos foram firmados em 2020, sem licitação

Rio de Janeiro|Do R7

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Registrada como uma gráfica, empresa foi escolhida para fornecer luvas, máscaras e medicamentos Divulgação/CGU - 1.7.2025

Uma ação conjunta da Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União), Receita Federal e do MPF (Ministério Público Federal) investiga um suposto esquema de contratos ilegais firmados entre o Hospital Federal de Bonsucesso e uma empresa durante a pandemia da Covid-19 para o fornecimento de máscaras, luvas cirúrgicas e medicamentos.

De acordo com as investigações, a empresa beneficiada era uma gráfica que, meses antes da dispensa de licitação, não possuía empregados e tampouco tinha autorização da Anvisa para atuar no ramo.


A contratação foi realizada com prazos extremamente curtos para a apresentação de propostas, apontam os investigadores.

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Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Teresópolis (RJ) e Duque de Caxias (RJ).


Indícios de irregularidades

Os investigadores apontam que a consulta de preços dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) foi “simbólica ou simulada”, contando com a participação de pessoas que já tinham informações prévias sobre a contratação.

Além disso, os acordos foram firmados em 2020 e, segundo a apuração, os valores registrados em contrato — tanto do medicamento omeprazol quanto das luvas cirúrgicas — foram considerados exorbitantes, mesmo para os padrões da pandemia, quando comparados a outras contratações da administração pública.


As investigações também levantaram suspeitas sobre a atuação de servidores públicos, que teriam facilitado a dispensa de licitação em troca de vantagens financeiras. A CGU confirmou as irregularidades, apontando simulação de processos e direcionamento nas contratações.

Os investigados poderão responder por crimes como fraude à licitação, desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica.


A diretoria executiva do Grupo Hospitalar Conceição e a Superintendência do Hospital Federal de Bonsucesso informam que as investigações referem-se a fatos ocorridos em administração anterior à atual, que está sob responsabilidade do Grupo Hospitalar Conceição desde outubro de 2024.

Em nota, as instituições reiteraram o compromisso com a transparência e afirmaram que estão colaborando de forma plena com as autoridades competentes.

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