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Jovem é preso no RJ em nova etapa de operação contra grupo que pratica violência sexual na internet

Criador da plataforma Discord, onde integrantes praticavam estupros virtuais, estava escondido na casa da avó em Teresópolis

Rio de Janeiro|Do R7

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Investigações começaram em março, entre polícias Federal e Civil
Investigações começaram em março, entre polícias Federal e Civil

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (4), um jovem de 19 anos por suspeita de cometer estupros virtuais durante uma operação em Teresópolis, na região Serrana do Rio. Segundo os agentes, ele é apontado como criador do principal grupo da plataforma Discord, na qual os integrantes também induziam crianças e adolescentes ao suicídio e automutilação.

Com base no setor de inteligência da DCAV (Delegacia da Criança e dos Adolescente), o jovem que utilizava o apelido “King”, que significa rei em inglês, na plataforma, estava escondido na casa da avó.


Além da prisão, os agentes da Operação Dark Room 2 também cumpriram três mandados de busca e apreensão contra o jovem.

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As investigações começaram em março deste ano, entre as polícias Federal e Civil. Os agentes constataram que os crimes eram cometidos pelo jovem e adolescentes por meio de um aplicativo de comunicação com suporte a mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo.


Plataforma Discord

O programa foi concebido inicialmente para a comunidade “Gamer” e se popularizou entre os jovens e adolescentes, em que usuários com interesses comuns se reúnem para se comunicarem.

De acordo com as investigações, três servidores da plataforma Discord eram utilizados por um grupo de jovens e adolescentes de várias regiões do país para cometerem atos de violência contra animais e adolescentes, além de divulgar pedofilia, zoofilia e fazer apologia ao racismo e nazismo.


Durante a "Operação Dark Room", os agentes obtiveram vídeos em que animais são mutilados e sacrificados como parte de desafios impostos pelos administradores (líderes) como condição para membros ganharem cargos. A maioria das ações era transmitida ao vivo em chamadas de vídeo para os integrantes.

Adolescentes também eram chantageadas e constrangidas a se tornarem escravas sexuais dos líderes, que cometiam “estupros virtuais”, também transmitidos ao vivo pela internet. Durante o ato, as meninas eram xingadas, humilhadas e obrigadas a se automutilar.

As vítimas, de várias regiões do Brasil, eram escolhidas na própria plataforma, seja por meio de perfis abertos nas redes sociais ou até indicadas por integrantes do grupo. Com dados pessoais das vítimas, os investigados iniciavam uma série de chantagens, afirmando que possuíam fotos comprometedoras que seriam divulgadas ou enviadas para os pais das mesmas.

Os autores também criavam grupos em aplicativo de mensagens para publicar vídeos e expor as vítimas dos estupros virtuais, numa prática conhecida como “exposed”.

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