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Jovem que teve intestino perfurado por médica é ouvida em hospital

Estudante está internada há 20 dias e já passou por duas cirurgias; polícia deve ouvir médica nos próximos dias

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*

Estudante teve o intestino perfurado durante uma lipoescultura
Estudante teve o intestino perfurado durante uma lipoescultura

A paciente que teve o intestino perfurado durante uma lipoescultura realizada pela médica Geysa Leal foi ouvida pela Polícia Civil no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (6).

Gabriela Nascimento Moraes, de 23 anos, está internada na unidade de saúde há 20 dias. Ela já foi submetida a duas cirurgias, uma delas para retirar parte do intestino. Segundo os médicos que acompanham o caso, não há previsão de alta. 

As informações colhidas pela delegada titular da 77ª DP, Raissa Celles, são mantidas em sigilo. A médica Geysa Leal deve ser ouvida novamente nos próximos dias. 

A médica é pós-graduada em Cirurgia Geral e em Medicina e Cirurgia Plástica Estética, mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apenas profissionais que tenham feito residência em Cirurgia Plástica podem atuar na área. O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) também reforçou a necessidade da especialização.


Entenda o caso

Gabriela teve complicações causadas por uma lipoescultura realizada por Geysa em uma clínica em Niteroi, na região metropolitana do Rio, no último dia 10 de julho. No procedimento, para tirar a gordura abdominal, a jovem teve o intestino perfurado.


De acordo com as investigações, inicialmente a médica não teria admitido o erro. Em conversas trocadas por mensagens de celular após a cirurgia, a paciente relatou que os alimentos que comia estavam saindo pela cicatriz.

“Amore, eu acho que você devia comer pra ver se é verdade, pra ver se é tomate, se é cenoura, porque isso aí pra mim é gordura. Me desculpe, mas não fale besteira que quanto mais besteira você pensar, pior. Você vai ficar estressada. E me estressar à toa", respondeu Geysa em uma mensagem de áudio.


A médica receitou uma lista de antibióticos e anti-inflamatórios à paciente. Como as dores não passaram, a estudante foi internada às pressas no último dia 18 de julho.

Outra morte

Geysa é investigada ainda no caso professora Adriana Ferreira Capitão Pinto, de 41 anos, que morreu de trombose uma semana após se submeter a uma lipoaspiração no abdômen e a uma lipoescultura nos glúteos na mesma clínica em Niteroi, no último dia 16 de julho. 

Em entrevista à Record TV, a médica classificou a morte como uma fatalidade e afirmou que a a má circulação não poderia ter sido detectada previamente.

A defesa da médica afirmou que a responsável pelo pós operatório de Adriana e Gabriela foi ouvida na última quinta-feira (2) e que Geysa deve prestar um novo depoimento sobre os casos na próxima semana.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.

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