Rio de Janeiro Justiça aceita denúncia contra PM acusada de matar irmã

Justiça aceita denúncia contra PM acusada de matar irmã

Rhaillayne Oliveira virou ré por homicídio duplamente qualificado consumado; ela foi presa pelo próprio marido

  • Rio de Janeiro | Gabriel Pieroni*, do R7

Justiça aceita denúncia contra Rhaillayne (à esquerda)

Justiça aceita denúncia contra Rhaillayne (à esquerda)

Reprodução

A Justiça aceitou a denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) contra a policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello, que matou a própria irmã após a saída de uma festa em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, durante uma discussão. Ela virou ré por homicídio duplamente qualificado consumado.

Rhaillayne foi presa em flagrante em julho após atirar na irmã Rhayna. As duas tinham saído de um bar e se desentenderam em um posto de gasolina, onde a policial sacou a arma e fez o disparo.

A agente recebeu voz de prisão e foi detida pelo marido, que também é policial militar. Em depoimento, ele disse que já fazia algum tempo que a companheira apresentava um "comportamento nervoso, claramente sem paciência". Ele disse, ainda, que as brigas em casa ocorriam por motivos financeiros.

A policial está presa preventivamente no BEP (Batalhão Especial Prisional) da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana.

Decisão judicial

A acusada se tornou PM após uma decisão judicial. Ela foi reprovada no processo seletivo da corporação durante a fase de exame social e documental, também chamada de "pesquisa social", por contrariar normas previamente estabelecidas.

Segundo a certidão de reprovação de 2018, Rhaillayne admitiu ter usado drogas em festas, nas quais teria ingerido "maconha, LSD, ecstasy e MD". Durante a entrevista pessoal, a candidata informou que teve diversas desavenças com o pai "pelo fato de o mesmo não concordar com as coisas erradas que fazia".

Ainda conforme a certidão, a mulher mantinha uma "relação de amizade" com um homem suspeito de envolvimento com crimes, que seria pai de seu filho. Todos esses fatos impediram Rhaillayne de integrar a corporação, o que fez com que a criminosa entrasse com uma ação na Justiça contra a reprovação.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.

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