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Justiça do Rio aceita denúncia e decreta prisão preventiva de PMs acusados de estupro coletivo

Interrogatório dos três policiais militares é marcado para quinta-feira (21)

Rio de Janeiro|Do R7

PMs esconderam o rosto ao deixar delegacia após depoimento
PMs esconderam o rosto ao deixar delegacia após depoimento

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro recebeu na tarde desta segunda-feira (18) denúncia do Ministério Público contra os policiais militares Gabriel Machado Mantuano, Anderson Farias da Silva e Renato Ferreira Leite, acusados de estupro coletivo na comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio. A Justiça também decretou a prisão preventiva dos três PMs. O interrogatório dos acusados foi marcado para a quinta-feira (21). 

O crime ocorreu no dia 5 deste mês e foi denunciado à polícia pelas três vítimas, uma delas menor de idade.

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Barros, ao aceitar a denúncia, defendeu que se trata de crimes militares de natureza gravíssima. A juíza também decretou a prisão preventiva dos denunciados.

"Tais afirmações das supostas vítimas indicam a periculosidade dos policiais militares, que, em tese, aproveitando-se do poder ostensivo de suas fardas, subjugando as supostas vítimas, praticaram fatos absolutamente incompatíveis com sua função, pondo em risco a ordem pública, gerando insegurança àqueles que transitam pelo local", afirma a magistrada em nota.


O MPRJ denunciou os três policiais pelo crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Na denúncia, o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar requer ainda que outras 11 testemunhas sejam intimadas para depor em juízo. O promotor defendeu que, por demonstrarem comportamento violento, os PMs representam risco à ordem pública. 

“Percebe-se facilmente que a conduta bárbara dos denunciados, digna da Waffen-SS nazista, teve como único objetivo vingar-se cegamente do fato de terem sido, momentos antes, hostilizados por usuários de drogas, vulgo 'cracudos', humilhando, agredindo, e violentando quem bem entendessem”, escreveu Paulo Roberto.

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