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MPF liga ex-secretário de Paes a sócio de filho de Lula

Reportagem da Folha de S. Paulo deste sábado (14) mostra suposto favorecimento ocorrido no ano de 2011 na gestão de Eduardo Paes no Rio

Rio de Janeiro|Do R7

Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ)
Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ)

O MPF (Ministério Público Federal) suspeita que o deputado federal Pedro Paulo (DEM) teria direcionado a contratação de uma empresa de Jonas Suassuna, sócio do filho do ex-presidente Lula (PT), para a execução de serviços da Prefeitura do Rio de Janeiro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, veiculadas neste sábado (14).

O suposto favorecimento teria ocorrido, segundo a reportagem, quando o deputado ocupava a Secretaria Municipal da Casa Civil, na gestão de Eduardo Paes (MDB), em 2011. O TCM (Tribunal de Contas do Município) aponta índicios de superfaturamento em um dos contratos.

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Empresa de Suassuna, a Gol Mobile foi subcontratada pela Oi e pela Contax para executar os serviços da central 1746 (serviço de queixas da administração municipal). O trabalho, basicamente, consistia em enviar mensagens a pessoas que entrassem em contato com a central da prefeitura para informá-las sobre o atendimento das reclamações.

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A reportagem mostra que a PF aponta como indício um e-mail localizado na caixa de Suassuna, cujo sigilo foi quebrado após autorização da Justiça. O e-mail, enviado em fevereiro de 2011 para funcionários do município e da Contax, entre eles Pedro Paulo, afirma que o então secretário "solicitou a parceria com a Gol Mobile". Os contratos com o município só seriam, no entanto, assinados em julho e outubro daquele ano.

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Segundo a Promotoria, a empresa de Suassuna recebeu R$ 10,9 milhões por serviços entre 2011 e 2014. Planilhas das duas empresas indicam que a firma do empresário recebeu 51,3% do total pago pelo município e 76% do líquido recebido pela Oi. A reportagem aponta que os repasses fazem parte dos R$ 132 milhões transferidos pela Oi a empresas de Suassuna e Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente. Uma parte teria sido usada, diz o texto, na compra do sítio de Atibaia, cuja reforma gerou a condenação do ex-presidente.

Defesa

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Ainda de acordo com a reportagem, o deputado Pedro Paulo negou direcionamento à Gol Mobile e afirmou não conhecer o filho do ex-presidente. Suassuna, por sua vez, não se manifestou - há dois anos ele negou ser o responsável pelos termos de acordo entre a Oi e a prefeitura.

Em nota, a Oi disse que tem colaborado com as investigações, além de ter estabelecido novos padrões de governança e composição societária. Paes negou qualquer ato do petista em favor da empresa. 

Lula classificou a operação como "demonstração pirotécnica de procuradores viciados em holofotes" e diz que o MPF recorre a "malabarismos" para o atingir. A defesa do filho do ex-presidente não se manifestou.

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