‘Não há controle eficaz’ da entrada de armamento nas fronteiras, diz especialista
Durante megaoperação no Rio de Janeiro, 91 fuzis foram apreendidos; no ano, mais de 630 já foram confiscados no estado
Rio de Janeiro|Do R7
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As armas apreendidas pela polícia durante a megaoperação no Rio de Janeiro, na última terça-feira (28), confirmam a expansão da facção para outras regiões do país. O arsenal confiscado no Complexo do Alemão contava com armas desviadas das Forças Armadas do Brasil, Venezuela, Argentina e Peru.
Com mais de 90 fuzis apreendidos, a polícia do Rio registrou o recorde de armamento confiscado de uma só vez em uma única operação em comunidades.
Ricardo Cabral, especialista em segurança pública e estratégia internacional, analisa que a aquisição das armas por organizações criminosas, como o Comando Vermelho, se dá tanto por meios legais como ilegais, seja pela importação de armamentos de outros países, pela passagem pela fronteira ou por roubo de forças oficiais.
Ele destaca que, apesar de operações no estado — que já apreenderam cerca de 630 fuzis neste ano —, a fiscalização ainda é insuficiente para impedir a ação das facções criminosas.

“Grande parte desse arsenal vem através das fronteiras, porque não há um controle eficaz, nem da Polícia Federal e nem das Forças Armadas. Quando chamadas, você vê, nós fazemos operações ágatas, que são sempre no mesmo lugar, nas mesmas circunstâncias, na mesma época do ano, isso não resolve nada”, pontua, em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (31).
Outro ponto destacado pelo especialista é a necessidade desse tipo de armamento pelos criminosos cariocas, diferente dos vistos por facções de outros estados, como em São Paulo.
Por utilizar táticas de conflito armados contra autoridades nas comunidades, as facções dão preferências a armamentos mais pesados e técnicas de comunicação e vigilância, como aplicativos de mensagens e drones.
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