"Não há prova contundente", diz especialista sobre prisão de DJ
Criminalista diz que só com indícios, não há como levar o acusado ao processo condenatório; promotor diz que Rennan da Penha atuava como olheiro
Rio de Janeiro|Matheus Nascimento, do R7*, com Record TV Rio
Rennan Santos da Silva, o DJ Rennan da Penha, passou a primeira noite na Cadeia Pública José Frederico Marques, após se entregar aos agentes da Seap (Secretaria de Estado Administração Penitenciária) no final da tarde desta quarta-feira (24).
Idealizador do Baile da Gaiola, na Penha, zona norte do Rio, Rennan foi condenado no dia 18 de março, em segunda instância, a seis anos e oito meses de prisão por associação ao tráfico de drogas. O mandado de prisão foi expedido pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
RJ: grupo de trabalho vai apurar violações de direitos humanos
O advogado criminalista Patrick Berriel afirmou, em entrevista à Record TV Rio, que pode ter havido um mau julgamento. “A pena para a associação ao tráfico de drogas é de três a dez anos, ele pegou o dobro do mínimo. Então já pode se verificar que teve possivelmente o julgamento um pouco equivocado", disse.
“O que tem contra ele são indícios. Indícios de fotografias de aplicativos de mensagens e redes sociais. Não há, por ora, nenhuma prova robusta, uma prova contundente, que possa levar ele ao processo condenatório.”
Segundo o promotor do caso, Sauvei Lai, o DJ comunicava aos traficantes sobre as incursões dos policiais na comunidade.
“O DJ Rennan dava a localização e a movimentação de policiais na comunidade. Acho estranho estas mensagens ser direcionadas à comunidade. A condenação dele é associação para fins de tráficos, na função de olheiro.”
Leia também
Defesa está confiante
Pedro Lavigne, advogado do artista, disse estar otimista que o DJ sairá da prisão, já que ele terá que cumprir a pena em regime fechado.
“Estamos muito confiantes quanto a soltura do Rennan. Em relação a sua condenação, temos outros recursos em Brasília aguardando julgamento.”
Assista ao vídeo:
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa