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No Rio, população espera por mais de duas horas por ônibus

Cerca de 40% da frota não saiu das garagens, diz sindicato dos rodoviários; Com horários irregulares, pontos ficaram lotados na Central do Brasil

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7*, com Agência Estado

Ao menos cinco empresas parara as atividades nesta segunda (11)
Ao menos cinco empresas parara as atividades nesta segunda (11) Ao menos cinco empresas parara as atividades nesta segunda (11)

A greve dos rodoviários deflagrada durante a madrugada desta segunda-feira (11) está afetando a circulação de ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Trabalhadores chegaram a esperar por mais de duas horas para conseguir embarcar na Central do Brasil. Um grupo de domésticas aguardava às 10h30 pelo 309 (Central - Alvorada) temendo a incompreensão dos patrões.

— Acho a greve justa, mas deixar o trabalhador a pé não é. Já avisei ao patrão, não sei se entenderá — disse Jaqueline Soares, de 45 anos, que saiu de Piabetá, na Baixada Fluminense, sem problemas (a greve é apenas na capital), e esperava na Central para seguir para a Barra da Tijuca, na zona oeste, depois de 2h15 na fila.

— Sou solidária aos motoristas, as condições de trabalho são péssimas. Mas, e a gente, faz como? — lamentou Marilene da Costa de 38 anos.

— Como aumentam a passagem e não repassam nada para a categoria? Só piora para todo mundo — afirmou Darlene Santos, de 34 anos. O aumento na tarifa dos coletivos foi anunciada no dia 1º deste mês, passando de R$3,60 para R$ 3,95.

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Funcionários da empresa Real informaram que de 66 coletivos só estão circulando seis. Segundo eles, não houve ameaças a motoristas, conforme despachantes da Real informaram na Central do Brasil, terminal de grande movimentação de onde partem ônibus para toda a cidade.

O Sintraturb Rio (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus do Rio de Janeiro) informou que cinco empresas estão paradas nesta segunda-feira, são elas: Real, Ideal, Paranapuã, Redentor, Três Amigos e Barra, que atendem bairros das zonas norte, sul e oeste.

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De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, até as 9h, cerca de 60% da frota de ônibus estava nas ruas, mas o número poderia diminuir ao longo do dia. Entretanto, ele afirmou que a orientação é que a frota não fique abaixo dos 30%, conforme determina a legislação.

O Metrô Rio e a Supervia informaram que houve reforço na operação nesta manhã para atender ao aumento da demanda. Até as 9h, a concessionária que administra o serviço de trens no Estado do Rio observou um aumento de mais de 13 mil passageiros, o que representa 6,4% a mais que o registrado no mesmo período da segunda-feira passada.

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A categoria reivindica reajuste salarial, plano de saúde, vale-alimentação, vale-refeição e fim de dupla função de motorista e cobrador, entre outras melhorias nas condições de trabalho. Os rodoviários estavam em estado de greve desde o dia 4 deste mês. Na noite da última quinta-feira (7), eles rejeitaram proposta de acordo enviada pelo Rio Ônibus, o sindicato das empresas, e decidiram iniciar hoje a paralisação.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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