Um novo laudo da Polícia Civil encontrou “evidências” de pesticida no material gástrico de Bruno Cabral, de 16 anos, que teria sido envenenado pela madrasta Cintia Mariano.
Segundo o documento, assinato por Aline Pereira, “o material analisado apresenta evidências da presença dos compostos Carbofurano e Terbufós, assim como seus compostos de degradação”. Os dois materiais são pesticidas.
No mês passado, um outro laudo assinado pela perita apontou a presença de grânulos que podem sugerir a ingestão de chumbinho, apesar de a substância tóxica não ter sido encontrada no corpo do jovem.
O documento ressaltou que, apesar da presença dos grânulos, de coloração azul-escura e preta, o resultado negativo é possível por fatores diversos, entre eles intervenções hospitalares, como a lavagem gástrica.
Bruno é irmão de Fernanda Cabral, de 22 anos, que morreu em março deste ano. Os irmãos passaram mal e apresentaram os mesmos sintomas após fazer uma refeição na casa da madrasta. Os casos ocorreram com quase dois meses de diferença.
De acordo com os filhos de Cíntia, a mãe confessou a eles que havia envenenado os enteados. A defesa da madrasta negou que ela tivesse admitido o crime.
As investigações são conduzidas pelo delegado Flávio Ferreira, da 33ª DP (Realengo). Ele considerou que o laudo, o prontuário médico e depoimentos formam um conjunto de provas contra a suspeita do envenenamento.
"No caso do Bruno, que é o adolescente que sobreviveu, com a chegada desse laudo praticamente damos como concluída a investigação pela tentativa de homicídio. Agora, vamos finalizar o caso da irmã Fernanda, que, infelizmente, não sobreviveu", disse o delegado à Record TV Rio.