Agentes buscam cumprir 32 mandados de prisão
Reprodução/Record TV RioUma ação da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) em parceria com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e da PM prendeu 15 pessoas na manhã desta quinta-feira (27). Entre os presos, ao menos dois são policiais militares suspeitos de integrar uma milícia em Nova Iguaçu, na baixada.
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A ação ocorreu após um ano de investigação desencadeada por um duplo homicídio ocorrido no bairro de Austin que demonstrou a existência de uma organização criminosa estruturada. Segundo a Polícia Civil, o objetivo do grupo era obter vantagem indevida com a prática de homicídios e extorsões.
Ainda de acordo com as investigações, os agentes identificaram que a organização criminosa tem como principais atividades lucrativas a exploração de sinal clandestino de TV e Internet, suposto serviço de segurança que não passam de extorsões, e exploração dos pontos de mototáxi, o principal motivo de disputas na região.
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Os líderes da organização seriam um ex-PM que atualmente está preso, um cabo da Polícia Militar recém posto em liberdade, lotado no 39º BPM (Belford Roxo), e outros dois suspeitos, que assumiram o controle de pontos de mototáxi de forma violenta.
Além deles, as investigações também comprovaram o envolvimento de mais dois PMs na organização criminosa, um do 39º BPM e outro do 5º BPM (Praça da Harmonia). Ao todo, três policiais foram indiciados pelo crime de organização criminosa.
Outros dois PMs, lotados no 20º PM (Mesquita), que recebiam valores da organização para não coibir as atividades ilícitas, foram indiciados por corrupção passiva.
O inquérito também aponta indícios de uma união entre o grupo paramilitar e uma facção de tráfico de drogas, que formam uma narcomilícia.
Ao todo, a ação busca cumprir 32 mandados de prisão preventiva e 71 mandados de busca e apreensão.