Rio de Janeiro Polícia e MP prendem suspeito em fraude na compra de respiradores

Polícia e MP prendem suspeito em fraude na compra de respiradores

Controlador de empresa é apontado com integrante de grupo que obtinha vantagens em contratos para compra de respiradores pulmonares

Grupo obteve vantagens na compra de respiradores

Grupo obteve vantagens na compra de respiradores

Divulgação

Uma operação conjunta da Polícia Civil com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) prendeu, na manhã desta quarta-feira (13), o controlador da empresa ARC Fontoura, investigado de integrar uma organização que obtinha vantagens em contratos emergenciais, com dispensa de licitações, para compra de ventiladores e respiradores pulmonares para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Policial militar é preso após agredir esposa na Baixada Fluminense

De acordo com o MP, contra Maurício Fontoura foi cumprido um mandado de prisão preventiva. Os agentes também cumpriram um mandado de busca e apreensão em Piraí, no sul do Estado. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara especializada de Crime Organizado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).

A ação de hoje faz parte da Operação Mercadores do Caos, iniciada na semana passada, na qual o ex-subsecretário de Saúde do Estado Gabriell Neves foi preso. Ele havia sido exonerado do cargo, após denúncias de irregularidade nos contratos.

Segundo informações da Record TV Rio, a SES (Secretaria do Estado de Saúde) encomendou 300 respiradores e pago R$10 milhões. Uma das empresas responsáveis pela entrega dos respiradores é a MHS Produtos e Serviços Eirelli e cada aparelho custou em torno de R$187 mil, mas os equipamentos ainda não foram entregues.

Força-tarefa

Quase uma semana após a prisão de Neves, o secretário Edmar Santos anunciou, na terça-feira (12), a criação de uma força-tarefa para analisar as compras emergenciais durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com Santos, o objetivo da medida é ter um "olhar mais atento" na hora de firmar novos acordos. O núcleo de fiscalização será formando por membros da SES e da CGE-RJ (Controladoria Geral do Estado do Rio de Janeiro).

Segundo o secretário, após a Operação Mercadores do Caos, 66 processos que já estavam em andamento foram encaminhados à CGE. Ao menos 40 foram imediatamente suspensos. Dos 26 em análise, três contratos foram cancelados por terem relação com as três empresas investigadas por irregularidades na venda de respiradores.

Últimas