Polícia investiga se modelo fez procedimento estético em hotel
Mayara da Silva dos Santos foi socorrida por mulher apontada como suspeita; noivo da jovem não sabia que ela faria intervenção estética
Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7, com Record TV Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se a modelo Mayara da Silva dos Santos, de 24 anos, fez um procedimento estético horas antes de passar mal e morrer em um hospital na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. A jovem chegou sem vida no Hospital Lourenço Jorge, na última sexta-feira (20).
De acordo com o delegado Eduardo Freitas, da 42ª DP (Recreio), o procedimento teria sido realizado em um hotel, de acordo com denúncias. Para confirmar a informação, Freitas deve ouvir nos próximos dias funcionários do hotel para que eles possam falar sobre o estado da vítima na entrada e saída do local.
— Precisamos ouvir o gerente do hotel, para ele dizer se era comum o aluguel de quarto para fazer esse tipo de procedimento ou não. Também vamos ouvir a camareira, pra ela dizer se viu alguma coisa diferente no quarto como seringa, gaze, sangue. E também vamos ouvir a pessoa que fez o check-out, pra sabermos o estado em que ela chegou e como ela saiu.
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Mayara deu entrada no hospital na noite do dia 20 acompanhada de uma mulher que já foi identificada e ouvida pela polícia. Ela seria a responsável por realizar o procedimento estético na jovem.
Segundo o delegado, imagens de câmeras de segurança mostram a modelo chegando, já passando mal, no condomínio onde a suspeita mora acompanhada de uma outra mulher, que seria filha da suspeita. Em depoimento, a mulher disse que a modelo foi à sua casa apenas buscar produtos de beleza.
— O depoimento dela é confuso e tem pontos a serem esclarecidos. Precisamos saber se ela realmente vende produtos de beleza e que tipo de produto vende. Também precisamos saber por que ela foi levada para a casa da suspeita e não foi diretamente ao hospital?
Namorado não sabia do procedimento
Mayara foi enterrada na segunda-feira (23), na zona norte do Rio. Segundo familiares, o namorado da jovem era dinamarquês e não sabia que ela faria um procedimento estético.
Os dois estavam de casamento marcado e Mayara teria vindo para o Brasil apenas para fazer o procedimento. A família da jovem acredita que ela tenha injetado metacril (nome comercial do polimetilmetacrilato) nas nádegas.
Além disso, amigos de Mayara contaram na 16ª DP (Barra da Tijuca) que uma suspeita, ainda não identificada, ofereceu à vítima procedimentos para aumentar coxas, glúteos e tirar gordura da barriga, que seriam realizados em uma casa na Barra da Tijuca.