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Polícia pede prisão de suspeita de aplicar metacril em empresária

Autora de procedimento estético foi identificada, segundo a Polícia Civil; Fernanda de Assis passou mal após aplicar substância e morreu no hospital

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

Fernanda passou mal e foi internada após procedimento
Fernanda passou mal e foi internada após procedimento

A Polícia Civil do Rio já identificou a responsável pelo procedimento estético realizado na microempresária Fernanda Assis, que morreu no último sábado (13), após dar entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio. Segundo a instituição, um pedido de prisão da suspeita será encaminhado à Justiça. Ela ainda não foi encontrada pelos investigadores.

De acordo com parentes e amigos, Fernanda se submeteu a um procedimento estético para preenchimento dos glúteos, no início da semana passada, e teria usado a substância conhecida como metacril — nome comercial do polimetilmetacrilato, produto sintético, similar ao acrílico, utilizado como preenchimento em diferentes áreas do corpo e da face.

Na noite da quinta-feira (11), Fernanda passou mal. Na manhã do dia seguinte, a empresária deu entrada no hospital, com inchaço no corpo e dificuldade para respirar. No sábado, seu quadro de saúde se agravou e ela precisou ser entubada, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e acabou não resistindo.

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A vítima era proprietária de uma clínica de estética em Ricardo de Albuquerque, na zona norte.


O namorado da microempresária fez uma postagem emocionada em seu perfil no Facebook. "O problema todo é esse imenso vazio sem você aqui... Bati na cama e cadê você para deitar comigo?", escreveu Alex Fernando.

Outros casos


A morte de Fernanda Assis entra para a lista de tragédias ocorridas este ano no Rio de Janeiro durante procedimentos estéticos.

O caso de maior repercussão foi o da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que morreu em julho após a aplicação de 300 ml da substância de metacril nos glúteos, em operação realizada na cobertura de um médico na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A vítima apresentou complicações e chegou a ser levada em estado grave a um hospital no mesmo bairro, mas não resistiu após quatro paradas cardíacas.


O médico responsável pelo procedimento, Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como "Dr. Bumbum", sua namorada, a técnica em enfermagem Renata Fernandes, e a mãe dele, Maria de Fátima Barros, que também é médica, foram presos e indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa.

No mesmo mês, a modelo Mayara da Silva dos Santos, de 24 anos, passou por um procedimento estético em um hotel no Recreio dos Bandeirantes, também na zona oeste, horas antes de passar mal e morrer a caminho do hospital. As envolvidas no caso não foram encontradas pela polícia.

Dias depois, a professora Adriana Ferreira Capitão Pinto, de 41 anos, morreu após se submeter a uma lipoaspiração no abdômen e a uma lipoescultura nos glúteos em uma clínica em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A médica responsável pelo procedimento não tinha especialização para a cirurgia, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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