Rio: menores infratores fazem rebelião em unidade do Degase
Manifestação ocorreu no mesmo dia que servidores do departamento suspenderam greve; objetos foram incendiados e PM acionada
Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil e Record TV Rio
Menores infratores internos da unidade do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) da Ilha do Governador, zona norte do Rio, fizeram uma rebelião na noite de sexta-feira (8). Segundo informações da Record TV Rio, esta foi a quarta ação em uma semana na Escola Jão Luiz Alves, que fica dentro da unidade.
Ainda de acordo com as informações, os jovens, que cumprem medidas socioeducativas, quebraram celas e teriam ateado fogo em objetos dentro das galerias. O 17º BPM (Ilha do Governador) foi acionado para ajudar a conter o tumulto. Segundo o Degase, não houve feridos nem fuga.
A rebelião ocorreu no mesmo dia em que os servidores do departamento anunciaram a suspensão da greve, que começou na terça-feira (5). Com isso, as atividades de cuidado com menores infratores nas unidades do estado voltam à normalidade.
Leia também: primeira escola pública do Rio de Janeiro comemora 110 anos
O Tribunal de Justiça havia notificado o presidente do sindicato, João Luiz Pereira Rodrigues, para que cumprisse a determinação judicial estabelecendo o retorno da categoria ao trabalho, sob pena de ser preso, assim como os demais diretores sindicais. A greve atingiu 25 unidades do Degase.
Leia também
Em nota, o sindicato anunciou que vai recorrer da decisão, com o objetivo de impugnar os "argumentos inverídicos" apresentados pelo governo do Estado. No texto, o sindicato diz que o movimento grevista é legítimo e cumpriu todos os requisitos legais previstos na Lei 7.783/89.
"Com isso, em assembleia extraordinária realizada na tarde desta sexta-feira, foi determinada a suspensão temporária da greve, e agendado um ato às 14h da próxima terça-feira (12), após a audiência de conciliação na sede do Tribunal de Justiça”, conclui a nota.
Vinculado à Secretaria de Estado de Educação, o Degase é o órgão responsável pela execução das medidas socioeducativas preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e aplicadas pelo Poder Judiciário aos jovens em conflito com a lei.