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RJ: prefeitura faz plano de contingência e reforça segurança em Magé após morte e protestos

Manifestantes incendiaram ônibus após morte de Mateus Santos de Moraes, de cinco anos

Rio de Janeiro|Do R7

Ônibus foram incendiados em protesto após morte de menino
Ônibus foram incendiados em protesto após morte de menino

A Prefeitura de Magé, na Baixada Fluminense, anunciou um plano de contingência para limpar e organizar os locais que foram afetados pelos protestos do sábado (2), após a morte de um menino durante um tiroteio na comunidade da Lagoa. Segundo a prefeitura, o prefeito Nestor Vidal também determinou o reforço da segurança na região pela Polícia Militar.

Mateus Santos de Moraes, de cinco anos, foi atingido por um disparo durante um tiroteio entre PMs e criminosos na comunidade Lagoa, na noite de sábado. A DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense) está investigando o caso. Segundo o delegado Giniton Lages, titular da DHBF, os PMs envolvidos na ação já foram ouvidos e as armas foram apreendidas para perícia. Os agentes realizam diligências para descobrir a origem do disparo que matou o menino.

Ainda de acordo com o delegado, os policiais militares envolvidos na ação, logo após o ocorrido, apresentaram-se diretamente ao batalhão e somente depois de terem sidos ouvidos em um IPM (Inquérito Policial Militar), apresentaram a ocorrência à DHBF, prejudicando as investigações e possibilitando que vestígios importantes fossem perdidos em razão da comunicação tardia. Uma cópia do procedimento será enviada à CGU (Corregedoria Geral Unificada).

Os policiais militares disseram que uma viatura que estava em patrulhamento nas proximidades da comunidade da Lagoa teria sido recebida a tiros. Os policiais revidaram e na troca de tiros o menino foi atingido.


A Polícia Civil informou que uma reprodução simulada dos fatos será realizada para confrontar as versões apresentadas pelos militares e pelas testemunhas.

Morte e protestos


A morte de Mateus gerou uma onda de prostestos em Magé. Ao menos 18 ônibus foram incendiados e vários estabelecimentos comerciais foram depredados e saqueados.

O Bope (Batalhão de Operações Especiais) precisou ser acionado para dar seguranças aos bombeiros que apagavam as chamas dos coletivos incendiados. A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para apurar os fatos e diligências estão sendo realizadas para identificar os autores dos atos de vandalismo.


O delegado Cley Catão, titular da Delegacia de Magé (65ª DP), esclareceu que não houve ataque à unidade e que recebeu o apoio do Departamento Geral de Polícia da Baixada Fluminense, das delegacias da região e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), reforçando o policiamento.

Na manhã de domingo (3), o clima ainda era tenso no centro de Magé. A segurança foi reforçada para evitar novas manifestações. Por volta das 12h, a energia elétrica ainda não havia sido restabelecida na região. As linhas de ônibus também não circularam por motivo de segurança.

Em nota, a prefeitura de Magé informou que todas as secretarias estavam mobilizadas para realizar limpezas na cidade e retirar as carcaças de ônibus, além de manter a ordem pública. Os prejuízos ainda não foram contabilizados.

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