Segurança no Réveillon de Copacabana terá 30 torres de vigilância
A festa da virada contará com dois palcos e 20 torres de som no bairro da zona sul, além de uma queima de fogos de 12 minutos
Rio de Janeiro|Da Agência Brasil
Com a previsão de um público de 2 milhões de pessoas, após dois anos suspenso por causa da pandemia de Covid-19, o Réveillon de Copacabana terá um novo esquema de segurança, com torres de vigilância na areia e revista das pessoas que forem acompanhar os shows e a queima de fogos na orla do bairro da zona sul carioca na noite do próximo dia 31.
A festa da virada terá dois palcos e 20 torres de som em Copacabana, com queima de fogos de 12 minutos. No palco principal, em frente ao hotel Copacabana Palace, as atrações serão os cantores Zeca Pagodinho, Iza e Alexandre Pires, além da bateria da Grande Rio. No palco na altura da rua Santa Clara, subirão Martnália, as bandas Gilsons e Bala Desejo e a bateria da Beija-Flor.
Também haverá shows e queima de fogos nos bairros do Flamengo, Madureira, Penha, Ilha do Governador, Ramos, Pedra de Guaratiba, Sepetiba e Paquetá.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que o reforço no policiamento em Copacabana vai começar às 14h de sábado e que serão empregados meios como grades móveis e imagens aéreas para fazer o controle de fluxo do público.
Carros
O acesso de carros de passeio ao bairro será interditado a partir das 19h30, e ônibus e táxis poderão circular até as 22h. Para ir de metrô, é necessária a compra antecipada dos bilhetes especiais.
Serão montados 29 pontos de bloqueio, sendo 13 de interdição de trânsito e 16 para revista de pedestres, com 15 policiais munidos de detectores de metais em cada um deles. O objetivo é coibir o acesso à orla de pessoas com armas de fogo, armas brancas e objetos perfurantes. Os policiais também vão distribuir pulseiras de identificação para as crianças nesse cinturão de monitoramento possibilitado pelas grades móveis de proteção, que serão colocadas nas ruas que dão acesso à orla.
A Polícia Militar informou que a estratégia foi utilizada no Carnaval de 2020, na região central da cidade, para controlar o acesso de foliões ao desfile dos megablocos. “Nos sete desfiles, o resultado foi bastante positivo: a revista impediu que cerca de 150 facas, 55 estiletes e 40 tesouras, entre outros instrumentos, entrassem na área de desfiles. Até mesmo uma arma de choque foi encontrada pelas equipes durante a chegada dos foliões”, acrescentou.
Torres de monitoramento
Outra novidade é a instalação de 30 torres de observação com canhão de luz, com 1,20 metros de altura e 10 metros quadrados de área interna. Serão 15 estruturas no calçadão e 15 na faixa de areia, próximo à água.
Também serão instaladas cinco tendas na faixa de areia, com capacidade para até dez policiais, oito cabinas para quatro policiais e 64 pontos de base com viaturas em toda a avenida Atlântica e em ruas internas do bairro.
Segundo a PM, a estratégia de policiamento do Réveillon em Copacabana será um teste do projeto experimental de georreferenciamento das equipes, modelo já adotado no 19º BPM (Copacabana), no 4º BPM (São Cristóvão), no 5º BPM (Praça da Harmonia) e no 23º BPM (Leblon).
A localização em tempo real dos policiais é feita por meio de um GPS (Sistema de Posicionamento Global) acoplado a câmeras portáteis, que têm as imagens transmitidas para a sala de operações do 19º BPM e para o Centro Integrado de Comando e Controle da corporação. O monitoramento também vai receber em tempo real as imagens captadas pelas câmeras da prefeitura.
No último Réveillon, o ISP (Instituto de Segurança Pública) apontou uma queda de 25% nos roubos de rua, na comparação com o ano anterior, mesmo com o cancelamento das festas por causa da pandemia.