“Será preso ou morto”, diz Witzel sobre suspeitos em ações policiais
Governador do Rio de Janeiro deu declaração durante coletiva de imprensa após operação que apreendeu 23 fuzis e 8,5 toneladas de drogas, na Maré
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse na última quinta-feira (18) que suspeitos que não se entregarem à polícia serão mortos. A declaração do representante do Estado foi feita durante uma coletiva no CICC (Centro Integrado de Controle e Comando), no centro do Rio, sobre a operação no complexo da Maré que apreendeu 23 fuzis e 8,5 toneladas de drogas.
“O recado está dado. Não enfrente a polícia. Se enfrentar a polícia só há dois caminhos: será preso ou morto. Nós não teremos leniência. Não teremos piedade com quem não tem respeito com o ser humano alheio”, disse o Witzel.
De acordo com o governador, esta foi a maior apreensão de armas e drogas da história do Estado em uma mesmo dia. Segundo ele, o armamento que o tráfico usa em todo o Rio é financiado por cartéis internacionais.
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“Não são armas utilizadas por pessoas que moram na comunidade e são trabalhadoras. Não são armas usadas por pretos, pobres e favelados. São armas utilizadas por terroristas, que utilizam a comunidade como escudo, que utilizam um poder de fogo bélico e são patrocinados por cartéis internacionais”, enfatizou o governador.
Para Witzel, os mandados de busca e apreensão em casas nas comunidades não são necessários, uma vez que os endereços e números não são precisos. O ex-juiz federal afirma que não vê “nenhum tipo de violação à legalidade” nestes casos.
“Em operação como essa, mandados de busca e apreensão se tornam inexequíveis diante da falta de endereço e de números certos. Havendo uma situação de risco, em que várias casas podem, possivelmente, ser depósitos de armas e drogas, independente da vontade do morador, a busca e apreensão independente de mandado é uma necessidade”, concluiu Witzel.
Wilson Witzel defende 'tiro na cabeça' de criminosos com fuzil
Durante a operação, cinco pessoas foram presas, incluindo um dos homens apontados como chefe do tráfico do Parque União, no complexo da Maré. Um suspeito foi morto durante a ação.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa