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Uma semana após tragédia, Petrópolis registra 193 mortos

Cidade registra 193 mortos e 875 desabrigados nesta terça-feira (22). Números ultrapassam desastre de 2011

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio

Uma semana depois da tragédia que matou 186 pessoas, trabalho de resgate continua
Uma semana depois da tragédia que matou 186 pessoas, trabalho de resgate continua Uma semana depois da tragédia que matou 186 pessoas, trabalho de resgate continua

A pior tragédia de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, completa uma semana nesta terça-feira (22). Com grande quantidade de lama e escombros pelas ruas, o trabalho de resgate por desaparecidos continua. Até o início da noite, 193 mortes haviam sido registradas e 875 pessoas estavam desabrigradas. São 69 desaparecidos.

Das vítimas fatais, 113 são mulheres, 73 homens e 33 crianças ou adolescentes, segundo a Polícia Civil.

As famílias identificaram 179 corpos e 170 deles já foram encaminhados para as funerárias.

Desde o dia 15 de fevereiro, a cidade enfrentou mais dias de chuva, o que dificultou o trabalho das equipes de resgate. Foram mais 1.300 ocorrências, com a maioria por deslizamento de terra, segundo a Defesa Civil.

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Até esta manhã, mais de 300 análises de terreno foram feitas em diferentes regiões.

A previsão do tempo para hoje em Petrópolis é de céu nublado, com possibilidade de chuva moderada à tarde e à noite.

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A pior tragédia da história

Com ao menos 183, a tragédia da semana passada já superou a mais trágica da história do município da serra fluminense, em 1988, quando também houve o registro de 171 mortos, segundo dados da Defesa Civil municipal.

Neste século, a maior tragédia havia ocorrido em 2011, com 73 mortos em Petrópolis e mais de 900 na serra fluminense (a maioria em Nova Friburgo, 428 mortos, e Teresópolis, 387), de acordo com o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.

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No desastre, o Morro da Oficina, no Alto da Serra, foi um dos mais afetados, com grande deslizamento de terra naquela tarde. Pelo menos 80 casas foram atingidas só naquela região.

Desde 1988, Brasil soma quase 4 mil mortes em deslizamentos

Outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Teresa, Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga, também tiveram registros de ocorrências graves.

As autoridades afirmaram que o cenário na cidade é parecido com o de guerra

Ônibus engolidos pela água

A força da água engoliu dois ônibus com aproximadamente 20 passeiros após enchente no Rio Quitandinha. Nas imagens, é possível ver as pessoas tentando permanecer em cima dos veículos, que tiveram o fundo arrancado pela água. 

Os pais de Gabriel Vila Real da Rocha, de 17 anos, acreditam que o filho apareça no vídeo. No entanto, o jovem ainda não foi encontrado. O tênis que o adolescente usava foi encontrado

Com Gabriel, também estava Rafael Xavier Castro, de 42 anos, sobrevivente da tragédia de 2011. O homem perdeu a casa há 11 anos, mas dessa vez não conseguiu escapar dos efeitos da cheia repentina. Conheça a história da vítima.

Para a Record TV, uma mãe relatou ter visto o filho de oito anos "sumir" na enxurrada. Pedro Henrique Braga continua desaparecido.

Equipes de busca

Ao menos 15 estados enviaram reforços para as equipes de resgate em Petrópolis. Há um efetivo de 600 militares e 44 cães farejadores. 

O comandante do Corpo de Bombeiro afirmou entender o desespero e ansiedade das famílias das vítimas para que sejam achadas. No entanto, é preciso que 'confiem no Corpo de Bombeiros'.

Nesta segunda-feira (21), o profissional comentou sobre um senhor de 62 anos. A vítima estava viva, mas quando conseguiu ser retirada dos escombros, não resistiu aos ferimentos. O resgate durou mais de 10 horas. 

"É papel do Estado estar ao lado da população neste momento de reconstrução de Petrópolis", pontuou o governador Cláudio Castro, sobre o trabalho de acolhimento às famílias. 

Mais de cem pessoas ainda estão desaparecidas na cidade.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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