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Wilson Witzel defende 'tiro na cabeça' de criminosos com fuzil

Governador eleito do RJ reafirmou a ideia de usar atiradores de elite para matar criminosos armados de fuzil, em entrevista ao 'O Estado de S. Paulo'

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*

Governo de Witzel terá segurança como um dos focos
Governo de Witzel terá segurança como um dos focos Governo de Witzel terá segurança como um dos focos

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), reafirmou, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" nesta quinta-feira (1º), que policiais não devem ser responsabilizados pelas mortes de pessoas que forem vistas portando fuzis.

“O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e... fogo! Para não ter erro”, afirmou o ex-juiz federal e novato na política.

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A proposta de autorização para o “abate”, que pretende oficializar em sua gestão, foi classificada como ilegal pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Para Witzel, mesmo que não tenha sido atacado, o policial deve ter licença matar pessoas que portarem fuzis. Segundo ele, o policial que mata em confronto não comete um homicídio: “É auto de resistência e arquivo. O ato é lícito”, defendeu.

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Questionado sobre os casos de inocentes mortos após enganos de policiais, Witzel classificou os responsáveis pelos homicídios como incompetentes e defendeu o treinamento dos agentes, incluindo a criação de uma Universidade da Segurança Pública. 

“A polícia está mal orientada. O policial está com dúvida. ‘O que eu faço? Atiro ou não atiro?’ Identificou uma agressão? Atira! Agora vai ser treinada”.

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Witzel reafirmou também que pretende autorizar o uso de “snipers” (atiradores de elite) em helicópteros, apesar do pedido da Defensoria Pública fluminense, protocolado em junho deste ano, para proibir do uso de aeronaves para efetuar disparos durante operações em favelas ou lugares povoados. A solicitação foi feita após seis suspeitos e um adolescente morrerem em uma ação da Polícia Civil no Complexo da Maré, zona norte do Rio.

O ex-juiz disse também que vai pedir à futura gestão Jair Bolsonaro (PSL), seu aliado, a permanência das Forças Armadas no Estado de janeiro a outubro de 2019, dez meses além do prazo do decreto da intervenção federal na segurança. A mudança desejada, contudo, é que os militares passem a responder ao governador estadual e não ao federal.

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Aliada à estratégia combativa, o governador eleito defendeu o policiamento ostensivo e o trabalho de inteligência no combate ao tráfico de armas e drogas, além do uso de novas tecnologias, como sistema de reconhecimento facial, drones e câmeras, para identificar e prender suspeitos.

Witzel, que é favorável à revogação do estatuto do desarmamento, defendeu ainda os clubes de tiros para o cidadão comum aprender a portar armas. 

"Uma vez fiz um exercício com 40 juízes e promotores. Todos interessados em comprar pistolas. Saindo de lá, só um quis comprar. É só ir para o clube de tiro e decidir. Se você achar muito difícil, achar que não tem condições, não compra. Quem estiver em condições, estiver habilitado, vai usar, se a legislação permitir o porte".

Além da segurança

O governador eleito afirmou que, além da segurança, sua gestão terá como prioridade os setores da saúde e educação. Além disso, mencionou o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) da agricultura e a diversificação do turismo como focos estabelecidos no plano de governo.

Ataques ao governo Pezão

Witzel chamou os antecessores no governo do Estado do Rio de “constelação de pilantras”. Para ele, o atual gestor, Luiz Fernando Pezão, perdeu a credibilidade em razão de governos anteriores. 

"Eu não tenho relação com eles. Isso já é uma sinalização positiva para os investidores. Não sou ladrão, minha vida mostra. Os últimos governadores, só Jesus na causa... Foi uma constelação de pilantras", afirmou.

O governador eleito criticou ainda os atrasos no pagamento dos servidores fluminenses, recorrentes durante a gestão de Pezão. A maior demora foi registrada na quitação do 13º salário de 2016, que foi fechado somente em abril de 2018.

“Nosso problema não é de despesa, é de receita. Tudo o que o Estado tem de fazer é melhorar o desempenho de sua economia. Vem perdendo essa capacidade em razão de escândalos, por falta de interesse das empresas. O ICMS é alto, as isenções foram feitas de forma seletiva. Houve receio do empresariado”, afirmou.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Diego Junqueira

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