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Witzel questiona decisão do TJ sobre operações em favelas do Rio

Governador  afirma que os verdadeiros responsáveis pela morte de  inocentes em favelas do Rio são "os pseudo defensores dos direitos humanos"

Rio de Janeiro|Vinícius Andrade, do R7*

Witzel na inauguração da nova operação
da Baixada Fluminense
Witzel na inauguração da nova operação da Baixada Fluminense

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), rebateu novamente, nesta sexta-feira (16), adecisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) de proibir as operações policiais nas favelas da capital fluminense em horário de aula e questionou a veracidade das cartas escritas por crianças na Maré, após um evento em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro.

Depois da morte de seis jovens em menos de cinco dias no Estado Fluminense, o TJ-RJ atendeu o pedido da Defensória Pública do Estado e proibiu operações em horário de deslocamento escolar e fixou a necessidade de haver ambulâncias acompanhando as ações. Mas o governador contestou a limitar na inauguração da operação Segurança Presente da Baixada Fluminense.

“Eu respeito a opinião do Tribunal, mas tenho a convicção que a decisão será revista. O STF (Supremo Tribunal Federal) já disse que a atribuição para administrar a competência pública é do poder executivo e não tem que haver interferência, mas se houver erro, tem que punir."

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Para Witzel, os verdadeiros responsáveis pela morte de inocentes em favelas do Rio são "os pseudo defensores dos direitos humanos".

“Pessoas que se dizem defensoras dos direitos humanos, pseudodefensores dos direitos humanos não querem que a polícia mate quem está de fuzil, mas aí quem morre são os inocentes. Esses cadáveres não estão no meu colo, estão no colo de vocês, que não deixam que as polícias façam o trabalho que tem que ser feito. Quanto mais vocês defenderem esses narcoterroristas, outros cadávares serão colocados no colo de vocês, pseudodefensores dos direitos humanos” afirmou Wilson, após o evento.


Autenticidade das cartas

No ínicio desta semana, moradores, principalmente crianças, enviaram 1.500 cartas à Justiça do Estado pedindo o fim das operações policiais na Maré, zona norte do Rio de Janeiro. As correspondências mostram o medo da população quando os helicópteros da policia civil e Militar atuam no complexo.


A ação, idealizada pela ONG Redes de Desenvolvimento da Maré, retrata a visão das pessoas que ficam no meio dos confrontos entre PMs e traficantes. 

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Em contrapartida, o governador defendeu o uso de helicópteros em operações policiais nas favelas. Segundo ele, a aeronave chega mais rápido e a polícia não vai "ceder um milímetro" nas operações.

“A opinião pública da Maré não é retratada por um número reduzido de pessoas, tive uma votação expressiva na região. O que ouço são relatos terríveis, de gangues que oprimem a comunidade. Nós não podemos permitir que isso continue. O desespero desses criminosos é porque, de helicóptero, chegamos rapidamente onde estão estocadas drogas e armas. Os helicópteros devem e podem ser utilizados.”

Em nota, a Rede da Maré lamenta a postura do governador e afirma que "o governador do Estado do Rio de Janeiro mostra, mais uma vez, seu total desrespeito pelos moradores de favelas, em especial às crianças, quando afirma de forma leviana que as cartas onde elas falam da violência que vivenciam diariamente são o fruto da manipulação dos grupos criminosos. Por outro lado, não assume sua responsabilidade pela escalada de violência e morte causadas por sua política de segurança que tem como método a violência e a morte". 

Veja o vídeo:

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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