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Em 5 dias, 6 jovens morrem vítimas de balas perdidas no RJ

Polícia Militar estava envolvida no tiroteio em quatro casos. Mortes aconteceram na capital, Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com Record TV Rio

Jovens foram vítimas de balas perdidas no últimos cinco dias
Jovens foram vítimas de balas perdidas no últimos cinco dias

O Rio de Janeiro registrou a morte de seis jovens vítimas de balas perdidas nos últimos cinco dias. Em quatro casos a Polícia Militar estava envolvida nos tiroteios, seja durante operações ou em patrulhamentos.

A última vítima durante uma ação policial foi Margareth Texeira, de 17 anos, atingida na noite de terça-feira (13) por uma bala perdida, na comunidade do 48, em Bangu, na zona oeste do Rio. Seu filho Enzo, de 2 anos, também foi ferido por um tiro no pé.

Os dois foram levados para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste da cidade, mas Margareth não resistiu aos ferimentos. Enzo passou por cirurgia no pé e continua internado na unidade de saúde.

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Outros dois suspeitos foram mortos na operação, que apreendeu dois fuzis, duas pistolas, rádios comunicadores e carregadores.


Além de Margareth, Dyogo Coutinho, de 16 anos, também foi baleado durante uma operação. O jovem, que estava indo a um treino de futebol, foi atingido enquanto a Polícia Militar atuava na comunidade da Grota, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Gabriel Alves, de 18 anos, e Henrico de Jesus, de 19 anos, foram mortos em ações onde a Polícia Militar diz ter sido atacada, na Tijuca, zona norte do Rio, e em Magé, na Baixada Fluminense, respectivamente.


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De acordo com o Observatório de Segurança RJ, o número de confrontos no Estado cresceu cerca de 25% em 2019 se comparado aos oito primeiros meses do ano passado, matando 151 pessoas.


O Rio de Janeiro registrou 1.452 confrontos entre policiais e suspeitos entre janeiro e agosto deste ano, segundo a plataforma digital Fogo Cruzado. Este número representa seis trocas de tiros envolvendo agentes do Estado por dia.

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Para a cientista social Silvia Ramos, a atual política de enfrentamento do Rio de Janeiro não é efetiva e estimula a distribuição de armas de fogo em todo o Estado.

“Esse tipo de operação muito violento, muito letal, está produzindo o efeito de expandir a presença de armas de fogo em outras áreas do Estado, não está reduzindo. Quem sofre mais com isso são as populações dessas áreas, que são vítimas dessas operações”, disse Silvia.

Outros dois jovens, o militar do Exército Lucas Monteiro e Tiago Freitas, ambos de 21 anos, foram vítimas de balas perdidas em uma festa, em Água Santa, zona norte da capital. Segundo testemunhas, os disparos aconteceram após uma briga durante o evento.

“Será preso ou morto”, diz Witzel sobre suspeitos em ações policiais

Apesar do grande número de jovens mortos por armas de fogo nos últimos dias, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, reafirma a importância de ações diárias das policiais Civil e Militar e do confronto com suspeitos armados.

“Lamentamos muito as perdas humanas. Nossas policiais estão trabalhando diuturnamente para descobrir quem são os terroristas que fizeram isso. O recado que temos que dar para estes que estão no crime é que eles são presos ou, se enfrentarem a polícia, mortos”, disse Wtizel em entrevista à imprensa.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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