Adolescente que dirigia carro envolvido na morte de músico se cala em depoimento e é liberado
Polícia já sabe que Jônatas Monteiro, de 28 anos, estava dentro do veículo e agora tenta esclarecer as circunstâncias do crime
São Paulo|Do R7
O adolescente de 17 anos que dirigia o carro do qual o músico Jônatas Monteiro foi arremessado ou caiu antes de morrer foi levado, nesta quinta-feira (6), ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) para prestar esclarecimentos, mas ficou em silêncio e acabou liberado — no entanto, ele continua na mira da polícia.
O garoto chegou acompanhado da mãe e do advogado. Pouco tempo antes, policiais civis haviam cumprido um mandado de busca e apreensão no apartamento onde ele mora com a família, também no bairro de Bela Vista, no centro da capital paulista, onde aconteceu o crime.
O veículo, um Chevrolet Onix cinza, foi apreendido e periciado. Os investigadores também estão em posse de um celular que pertence ao adolescente e levaram outros objetos considerados importantes para o inquérito.
O carro está em nome do irmão do adolescente, mas era usado pela mãe.
No domingo (2), o músico pediu um carro de aplicativo ao deixar um bar na rua 13 de Maio, por volta da meia-noite.
O motorista apareceu em um Renault Logan de cor branca, mas não foi nesse carro que Jônatas entrou.
A polícia tenta esclarecer agora em quais circunstâncias ele foi parar no automóvel dirigido pelo garoto de 17 anos.
Cerca de dez minutos após se despedir dos amigos, Jônatas aparece em uma imagem de câmera de segurança que o mostra caindo do carro em alta velocidade, na rua Conselheiro Ramalho, a cerca de 700 m do bar.
Os policiais conseguiram imagens de câmeras de segurança que mostram o Onix desde a queda do músico até o momento em que o adolescente estaciona em um condomínio próximo dali.
Outro ponto que ainda precisa ser desvendado é a motivação do crime, já que o celular do músico permanece desaparecido e a família constatou que foram feitas tentativas de transações bancárias e alterações de senhas de aplicativos minutos após o óbito.
Já foram solicitados dados que possam ajudar a rastrear o aparelho depois da morte de Jônatas, bem como a quebra de sigilo bancário e telefônico.
A diretora do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, diz que a investigação está muito próxima de ser concluída.