Alckmin decidirá onde cortar, diz secretário após anúncio de redução das tarifas do transporte
Ônibus e trens serão reduzidos de R$ 3,20 para R$ 3 a partir da próxima segunda-feira
São Paulo|Do R7
O secretário de Planejamento do Estado de São Paulo, Julio Semeghini, afirmou nesta quarta-feira (19) que o governador Geraldo Alckmin tem a alternativa de tirar recursos de investimentos para custear a revogação do aumento das tarifas de transporte. Alckmin e Fernando Haddad anunciaram que o preço da passagem do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e ônibus será reduzido de R$ 3,20 para R$ 3. A medida passa a valer na próxima segunda-feira (24).
— Ele tem autonomia de trabalhar em R$ 9 bilhões de investimento.
Semeghini afirmou que o dinheiro que custeará a revogação das tarifas deverá vir de algumas obras que estavam previstas, mas que atrasaram ou ainda não começaram e podem ser postergadas.
— Estamos fazendo um levantamento de que obras poderão ser essas. A decisão será do governador.
Segundo o secretário, esse dinheiro não será retirado de pastas como Saúde, Educação e Habitação, pois essas áreas têm um orçamento já carimbado que não pode ser alterado.
Semeghini também disse ser difícil que o governador decida postergar ou cancelar obras relativas à mobilidade urbana, como a expansão do metrô, pois elas são "prioridade para o governo".
Violência
A decisão ocorreu após o dia mais violento de manifestações, ocorrido nesta terça-feira (18). Após começo pacífico, um grupo cercou a sede da prefeitura e depredou o prédio. Janelas foram quebradas e paredes pichadas. Além disso, houve saques e depredação de diversas lojas da região central da cidade. Durante a confusão, Haddad participava de um encontrou com a presidente Dilma Rousseff no aeroporto de Congonhas.