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Além de Serra, PF investiga Alckmin e Paulinho da Força por caixa 2

Operações têm como objetivo apurar doações não declaradas durante as campanhas eleitorais em São Paulo. Investigação teve início com Paulo Skaf 

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7, com informações da Record TV

Além de Serra, PF investiga Alckmin e Paulinho da Força por caixa 2 em eleições
Além de Serra, PF investiga Alckmin e Paulinho da Força por caixa 2 em eleições Além de Serra, PF investiga Alckmin e Paulinho da Força por caixa 2 em eleições

A operação da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo que mira o ex-ministro e hoje senador José Serra (PSDB) já investiga outros políticos por caixa dois em São Paulo durante as campanhas. Entre eles estão o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade). As informações são da Record TV.

As investigações começaram em maio deste ano após denúncia contra o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e ex-candidato ao governo de São Paulo, Paulo Skaf. A suspeita é de que ele teria recebido R$ 5,1 milhões não declarados em 2014 durante a campanha eleitoral.

Os pagamentos a Skaf, segundo a Odebrecht, teriam sido feitos sob os codinomes "Kibe" e "Tabule". Uma das entregas registradas pela empresa e pela transportadora teria ocorrido no dia 21 de agosto de 2014, na avenida Ibirapuera, no Hotel Bourbon.

Na ocasião, a defesa de Skaf afirmou que "não tem qualquer conhecimento ou informação acerca de denúncia ou acusação oferecida contra Paulo Skaf ou qualquer pessoa que integrou sua campanha. Todas as doações recebidas pela campanha ao governo de São Paulo em 2014 estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral".

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Outras duas fases da operação da PF e do Ministério Público de São Paulo foram deflagradas recentemente: a primeira contra o deputado Paulinho da Força e a segunda contra o ex-governador Geraldo Alckmin. 

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As autoridades constataram a existência de indícios do recebimento de doação eleitoral não contabilizada por Paulinho da Força durante as campanhas dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$ 1,7 milhão. Na ocasião, em nota, o parlamentar afirmou que "desconhece os fatos apurados" e disse que, se houver relação com suposto caixa dois, já se passaram 10 anos. Completou também que "os fatos não possuem nenhum fundamento".

Já o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi indiciado por lavagem de dinheiro e corrupçãoem investigação da Lava Jato que apura a suposta prática de cartel no Metrô de São Paulo e no Rodoanel. 

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Além da colaboração premiada, a operação da Polícia Federal também realizou prova pericial nos sistemas de informática do Grupo Odebrecht e analisou extratos telefônicos, documentos e ligações telefônicas.

"Embora eu não tenha sido ouvido, vou prestar contas. As minhas campanhas, tanto de 2010, 2014, agora em 2018, foram rigorosamente dentro da lei", afirmou Alckmin.

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Operação contra Serra

A PF deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a operação Paralelo 23, a terceira fase da Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo, que tem José Serra como alvo.

A polícia constatou que o parlamentar teria recebido doações eleitorais não contabilizadas que chegam a R$ 5 milhões. Os valores seriam repassados por meio de operações financeiras e societárias simuladas para ocultar a origem ilícita do dinheiro.

Em nota, Serra disse ter sido surpreendido pela "nova e abusiva operação" da PF em seus endereços e que "jamais foi ouvido" nas investigações. Também destacou a espetacularização nesse tipo de ação no Brasil e pediu rapidez nas investigações, a fim de não ter a honra manchada por "acusações falsas".

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Nesta terça, as buscas iriam se concentrar no gabinete do senador, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não permitiu a entrada dos policiais e afirmou que só liberaria o acesso com uma autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). As equipes também fazem buscas no apartamento funcional do parlamentar em Brasília. Serra, no entanto, está em São Paulo.

São cumpridos ainda 4 mandados de prisão temporária contra os empresários: José Seripieri Júnior, que é fundador da Qualicorp, Artur Azevedo Filho, Rosa Maria Garcia e Mino Matos Mazzamati.

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Os 15 mandados de busca e apreensão são em Brasília (DF), na capital paulista e nas cidades de Itatiba e Itu, no interior de São Paulo. Os investigados tiveram as contas bancárias bloqueadas pela justiça, de acordo com determinação da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Em comunicado, a Qualicorp informou que "a nova administração da Companhia adotará as medidas necessárias para apuração completa dos fatos narrados nas notícias divulgadas nesta manhã na imprensa, bem como colaborará com as autoridades públicas competentes".

Nenhum dos outros envolvidos comentou a ação até agora. O espaço está aberto para manifestação.

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