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Atirador da Aclimação tem dia tranquilo em Tremembé, diz advogado

Administrador ficará isolado por mais de uma semana

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

As primeiras 24 horas do administrador de empresas Fernando Behmer Cesar de Gouveia, 33 anos, na Penitenciária Tremembé 2 foram tranquilas, segundo o advogado dele, Ricardo Martins. Gouveia foi transferido na terça-feira (23) para a unidade prisional, que fica a 147 km de São Paulo. Ele estava na carceragem do 31º Distrito Policial (Vila Carrão), zona leste da capital, desde que foi preso por balear três pessoas na Aclimação, região central, na quinta-feira (18).

— Está absolutamente normal. Está calmo, assim como estava calmo, não só durante as negociações (com a polícia), como na própria delegacia e quando foi transferido para o 31º DP. O estado é de tranquilidade.

Gouveia atirou contra as vítimas, depois de receber uma ordem judicial de interdição, entregue por um oficial de Justiça, acompanhado por uma equipe médica e pelo advogado contratado pela mãe dele, que propôs a ação. O oficial, um enfermeiro e a amiga do administrador, moradora da casa onde ele estava hospedado, foram atingidos.

Ele se rendeu após quase nove horas de negociação com a polícia. Na delegacia, alegou que agiu em legítima defesa por achar, inicialmente, que se tratavam de criminosos. Gouveia foi indiciado por seis tentativas de homicídio, já que que teria atirado ainda contra três policiais. De acordo com o delegado José Marques, titular do 6º Distrito Policial (Cambuci), o administrador pode ainda responder por uma sexta tentativa de assassinato, caso fique provado que tentou disparar na direção de outro enfermeiro da equipe.


Ricardo Martins informou que está contestando a decisão liminar que determinou a interdição do rapaz, tomada com base em um parecer que indicava um possível quadro de esquizofrenia. Segundo argumenta o advogado, o parecer teria sido elaborado sem uma avaliação psiquiátrica presencial.

Na segunda-feira (22), a Justiça determinou que Gouveia não fosse transferido para um hospital psiquiátrico antes passar pela análise de um perito oficial, acatando o pedido apresentado por Martins.


Na avaliação do defensor, a transferência para Tremembé foi positiva.

— Seria absolutamente inconveniente (a mudança para um hospital psiquiátrico), no presente momento, pelo fato de não termos um laudo que ateste as condições mentais dele.


Provas "robustas"

O advogado contratado pela mãe do administrador, José Cociolito, esclareceu, em entrevista na segunda-feira, que o objetivo da ordem judicial era fazer com que Gouveia fosse submetido a exame psiquiátrico para constatar se precisaria de internação ou não. Ele destacou ainda que a preocupação da mãe era com a saúde do filho e que havia no processo de interdição provas “contundentes e robustas”.

Isolamento

Em Tremembé, o administrador passará os primeiros dez dias isolado, no chamado regime de observação, aplicado na primeira entrada no sistema prisional e, em algumas situações, após transferência.

Durante o período, Gouveia só poderá receber visita do advogado e será avaliado pela direção da penitenciária, que verificará como será a adaptação do detento ao sistema carcerário.

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