Bolivianos foram estrangulados antes de esquartejamento, diz laudo
Segundo IML, o casal morreu por asfixia por estrangulamento e o filho por "traumatismo cranioencefálico", com uso de instrumento cortante
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
O casal de bolivianos mortos em Itaquaquecetuba, no período do Natal, foi estrangulado antes de ser esquartejado. Essa é a conclusão do laudo do IML (Instituto Médico Legal), realizado no sábado (12). O documento, elaborado pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica, constatou que o casal morreu por asfixia por estrangulamento.
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O filho do casal, Gian Abner Morante, morreu por “traumatismo cranioencefálico”, segundo o laudo. Os corpos de Jesus Reynaldo Condori, 39 anos, e Irma Morante Sanizo, 38 anos, tiveram os corpos separados em duas partes por um instrumento cortante à altura do abdomen.
O laudo também indicou que o tempo de morte das vítimas é entre quatro e seis dias a partir da data em que se iniciou o exame. Segundo o laudo, foram encontrados hematomas no pescoço e fraturas de ossos. O corpo de Gian Abner Morante Condori, 8 anos, também estava separado em duas partes por "instrumento cortante" à altura do abdomen.
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O laudo atestou que a criança morreu com uma fratura perfurante de crânio, a partir de uma "ação de instrumento contudente tipo martelo".
Depoimentos
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Na noite da segunda-feira (14), três pessoas foram ouvidas pelo delegado Eliardo Amoroso Jordão, no 1º DP de Itaquaquecetuba. Entre elas, um casal que teria ficado com Gian no dia 23 de dezembro. À polícia, eles afirmaram que pegaram a criança para brincar com os filhos e que, a noite, quando foram levar Gian de volta para a casa não encontraram as vítimas.
O casal afirmou à polícia que no lugar dos pais de Gian, foram recebidos pelo cunhado de Irma, o principal suspeito pelas mortes, que teria a chave da casa. Ele teve a prisão temporária decretada mas continua foragido.
O casal afirmou que conseguiu contato telefônico com os pais e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento. A mulher fazia marmitas para vender para a família de bolivianos.
O irmão de Jesus, também ouvido pela polícia, afirmou que houve uma movimentação bancária em uma conta realizada dia 4 de janeiro. Ele teria, segundo o delegado, cópias de cheques assinados pelo irmã. O depoimento será investigado como mais um indício que colabora com a linha de investigação sobre uma possível motivação finaceira para o crime.