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Caso Guilherme: laudo confirma morte com tiro na nuca e no rosto

Polícia acredita que ele foi executado com o tiro na nuca e, quando caiu, foi baleado no rosto com o que chamam de "tiro de misericórdia"

São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record

Guilherme foi sequestrado e morto após voltar de um churrasco em família
Guilherme foi sequestrado e morto após voltar de um churrasco em família Guilherme foi sequestrado e morto após voltar de um churrasco em família

O laudo necroscópico indicou que Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, morreu com dois tiros, um na nuca e outro no rosto, de acordo com o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). O jovem foi sequestrado e morto no dia 14 na zona sul de São Paulo quando estava na casa da avó e saiu para fechar o portão.

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A polícia acredita que ele foi executado com o tiro na nuca e, quando caiu, foi baleado no rosto com o que chamam de "tiro de misericórdia".

Guilherme não tinha passagem pela polícia e foi sequestrado e morto após voltar de um churrasco em família.O sargento da PM (Polícia Militar) Adriano Fernandes de Campos está preso preventivamente por envolvimento no crime.

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Segundo o DHPP, a polícia ainda aguarda a perícia dos carros, do confronto balístico com a arma que foi apreendida na casa de Adriano e ainda buscam por outros possíveis envolvidos no crime. 

Perícia

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Segundo informações da repórter Thais Furlan, o carro do filho do sargento Adriano - usado na execução de Guilherme - passou por perícia no DHPP, nesta segunda-feira (22). Entretanto, o delegado que investiga o caso informou que não há novidades.

Questionada sobre a perícia, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) respondeu que "policiais do DHPP seguem trabalhando para elucidar todas as circunstâncias dos fatos e identificar o segundo autor do crime. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha as investigações". 

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O vigia do canteiro de obra, que era suspeito de participar da morte do jovem, disse que fugiu pois temia ser assassinado e revelou à polícia o nome do segundo suspeito de participar do crime.

O vigilante Fabio decidiu comparecer na tarde de sexta-feira (19) na sede do DHPP depois que viu na TV que era considerado foragido.

Ele esclareceu à polícia que os patrões recomendaram que ele desaparecesse, pois poderia ser morto, já que tinha muitas informações sobre o que fez o sargento Adriano Fernandes de Campos, na noite do crime.

Além do vigia, o supervisor da empresa do sargento foi ouvido. Os dois foram liberados.

Na tarde de sexta-feira (19), a polícia também ouviu dois jovens que moram na região do crime, e que podem estar envolvidos nos furtos ao canteiro de obras que motivaram o assassinato.

Prisão do principal suspeito

O policial Adriano Fernandes de Campos, suspeito de envolvimento no caso de Guilherme, está no presídio Romão Gomes, no Tremembé, na zona norte da capital.

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O PM foi levado na quarta-feira (17) para o DHPP, na região central da capital, às 18h para ser interrogado. Ele deixou a sede às 20h30 e seguiu para o presídio, que abriga policiais militares.

De acordo com a Polícia Civil, Adriano é um sargento do BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), lotado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. É ele quem aparece nas imagens registradas momentos antes do desaparecimento do menino. O sargento seria o homem que olha para a viela e está com as mãos para trás, aparentando estar armado.

Segundo o delegado Fábio Pinheiro, o oficial era dono de uma empresa de segurança e prestava serviços para uma outra empresa, localizada nas proximidades da casa de Guilherme.

Ainda segundo o delegado, o local vinha sofrendo atos de vandalismo e furtos nos últimos dias. Segundo testemunhas, Adriano teria sido chamado por um porteiro, para impedir os atos.

A principal hipótese levantada pela polícia é de que o sargento pegou Guilherme, achando que ele era um dos vândalos, para dar uma "lição" nele.

Em relação à tarjeta de um soldado Paulo, que foi encontrada preto da cena do crime, a Corregedoria já localizou um suspeito, que também trabalha no BAEP de São Bernardo do Campo, ao lado de Adriano.

Esse soldado prestou depoimento e afirmou que não participou do crime e apresentou um álibi. Ele será ouvido novamente no DHPP. 

A polícia sabe também que Adriano não agiu sozinho e não descarta um ou mais comparsas no crime. Não se sabe, no entanto, se os outros envolvidos também são policiais.

O advogado do sargento Adriano diz que seu cliente é inocente. "Ele não tem participação alguma nesse crime", afirma Renato Soares do Nascimento. "Assim que o DHPP juntar ao inquérito todos os elementos da investigação, o sargento Adriano vai se manifestar."

Outros policiais que estavam em serviço na região no dia do crime também estão sendo ouvidos, mas a polícia acredita que eles não tenham relação com o ocorrido. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o caso segue em segredo de Justiça.

Caso Guilherme

Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, morreu após ter desaparecido na madrugada do domingo (14). Familiares reconheceram o corpo do jovem no IML Central (Instituto Médico Legal) na manhã de segunda-feira (15).

No domingo, a vítima foi levada por um homem armado, em um carro preto, na região de Americanópolis, na zona sul de São Paulo.

Familiares publicaram em redes sociais imagens do menino. Segundo eles, a vítima desapareceu na avenida Cupecê, na altura do depósito da Yabiku, conhecido na região como "antiga Brahma", na Vila Clara.

Joice Silva, mãe do adolescente, contou à produção da Record TV, que o filho estava com a família em um churrasco, na casa em que morava, quando decidiu acompanhar a avó, a Dona Antônia, até a casa dela.

Após deixar a avó dormindo, por volta das 2h, Guilherme ficou conversando com um amigo no portão. Depois disso não foi mais visto. Um circuito de segurança mostra o momento em que o menino é abordado por um homem armado.

A tia de Guilherme foi avisada, por meio de uma ligação, que ele havia sido levado por dois policiais. Após receber a informação de que o filho estava desaparecido, Joice foi até três delegacias: 35º, 98º e 26º DP. No entanto, nenhum deles tinha registrado a apreensão de adolescentes com características semelhantes às de Guilherme.

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