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Caso Sophia: pai suspeito de matar filha deixa prisão nesta quinta

Ricardo Krause deixa a Penitenciária de Tremembé após Justiça anular a decisão do júri nesta terça-feira (15). Sophia morreu por asfixia em 2015

São Paulo|Enrico Bertagnoli, da Agência Record

Sophia foi morreu por asfixia em dezembro de 2015
Sophia foi morreu por asfixia em dezembro de 2015

Ricardo Krause, condenado por matar a filha de 4 anos em 2015, deve deixar a Penitenciária do Tremembé nesta quinta-feira (17), depois da Justiça anular a decisão do júri e conceder sua liberdade provisória.

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Antonio Ruiz, advogado do indiciado, informou que o juiz responsável chegou a assinar o alvará de soltura, mas que este não foi homologado a tempo, já que o fórum trabalha em horário reduzido devido à pandemia. Não há previsão de horário para Krause ser liberado.

Justiça anulou a decisão do júri e concedeu a liberdade de Ricardo nesta quarta (16)
Justiça anulou a decisão do júri e concedeu a liberdade de Ricardo nesta quarta (16)

A defesa conseguiu reverter a decisão argumentando divergência no voto dos jurados. O réu terá um novo julgamento e, por enquanto, aguardará em liberdade. Ricardo foi condenado no dia 1 de fevereiro de 2018 em uma pena fixada em 24 anos, 10 meses e 20 dias acusado de matar a filha Sophia Kissajikian Cancio Najjar, de 4 anos, asfixiada em dezembro de 2015.


O caso

Sophia morreu sufocada por esganadura, teve o tímpano esquerdo rompido, sofreu um edema cerebral e ficou com 21 hematomas espalhados pelo corpo. Ela foi encontrada morta com um saco plástico na cabeça no dia 2 de dezembro de 2017, no apartamento do pai, na zona sul de São Paulo.


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No início, havia suspeita de a criança ter sufocado acidentalmente. Laudos do IML (Instituto Médico-Legal), porém, apontam que ela foi vítima de agressão, mas descartaram abusos sexuais.


A condenação do auxiliar administrativo e pai da menina, Ricardo Krause Esteves Najjar, aconteceu na madrugada do dia 1º de fevereiro de 2018, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, após duas sessões.

Cinco testemunhas de acusação e três de defesa foram ouvidas. Em entrevista a canais de televisão após a sessão, o advogado da mãe de Sophia, Alberto Zacharias Toron, afirmou que considerou a condenação justa. "Foi um crime brutal, covarde, cruel, marcado por muitos predicados negativos que a juíza realçou bem", disse. Já o defensor de Najjar, Antônio Ruiz Filho afirmou que o caso foi um "acidente doméstico", dizendo também que iria recorrer da sentença.

Em depoimento, Ricardo afirmou que encontrou a menina caída depois de sair do banho. Ele teria posto a criança sobre a cama e só então tentado tirar o saco que a sufocava. Ao perceber que havia sangramento no rosto de Sophia, ele teria ligado para pedir socorro.

Os policiais, no entanto, contestam a versão do suspeito. Os dados do telefone de Najjar mostram que ele teria ligado primeiro para o pai, depois para a namorada e só depois para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Segundo Elisabeth Sato, diretora do DHPP, o auxiliar administrativo não chorou nem esboçou nenhum tipo de reação durante os depoimentos. "Estamos convictos da autoria", disse.

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