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Contra a greve, Tarcísio pede à Justiça efetivo de 100% dos metroviários em horário de pico

Governador de SP também requer que 80% dos funcionários operem no resto do dia; sindicato pode pagar multa caso se negue a cumprir a decisão

São Paulo|Do R7

Tarcísio fez pedido de tutela antecipada à Justiça
Tarcísio fez pedido de tutela antecipada à Justiça

O Governo de São Paulo protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça com o objetivo de obter liminar contrária à paralisação de funcionários do Metrô, prevista para a próxima terça-feira (28).

Na ação, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) requer a obrigação da presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

Para garantir o cumprimento dessas exigências em caso de decisão favorável, o Palácio dos Bandeirantes quer que a empresa realize uma chamada nominal dos empregados escalados para o serviço e com a presença de um oficial de Justiça para conferir.

Diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes afirmou que a categoria é alvo de ataque político do governador e propõe o serviço gratuito no dia da mobilização. "Se ele [Tarcísio] está preocupado com isso, faça a catraca livre, e os metroviários estarão se manifestando dentro das estações e atendendo a população", disse.


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Multa ao sindicato

A ação propõe multa de R$ 2 milhões ao sindicato em caso de descumprimento da decisão e também requer a autorização para não repassar os descontos feitos em folha a título de mensalidade sindical.

Greve está prevista para a próxima terça-feira (28)
Greve está prevista para a próxima terça-feira (28)

O governo diz que o movimento, convocado em protesto contra a privatização da Sabesp, tem caráter meramente político e cita prejuízos à população. A aplicação do Provão Paulista, uma espécie de Enem das faculdades do estado, precisou ser adiada, já que seria realizada nos dias 28 e 29 de novembro. Servidores devem ter ponto facultativo.

Outras categorias, como trabalhadores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), profissionais da educação e funcionários da Fundação Casa, também decidiram aderir ao movimento. Os metroviários organizam a terceira paralisação em dois meses — a quarta em 2023.

"Nota-se, sem qualquer sombra de dúvida, a sanha da entidade sindical de, em benefício de interesses meramente políticos, promover uma paralisação dos serviços metroviários, em detrimento de grande prejuízo que é sempre imposto à população de São Paulo como um todo", diz o governo na ação.

O estado argumenta que a assembleia na qual se decidiu pela instalação da greve teve participação de 2.500 dos 7.000 metroviários e uma diferença de somente 119 votos a favor da paralisação. Outras quatro votações haviam sido feitas desde o início de outubro, e em todas a decisão foi contrária à mobilização.

A greve vai provocar a paralisação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô e das linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM.

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