Corregedoria da Câmara vai investigar o vereador e ex-judoca Aurélio Miguel
A apuração pode levar a processo de cassação do mandato do ex-campeão olímpico
São Paulo|Do R7, com São Paulo no Ar

A corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo vai invetigar o vereador e ex-judoca Aurélio Miguel (PR). A denúncia foi formalizada nesta quarta-feira (20). A abertura da investigação interna depende agora da nomeação de corregedores, que vão compor o órgão.
O corregedor-geral da Câmara Municipal, Rubens Calvo (PMDB), informou que se a denúncia for comprovada, o vereador pode ser cassado.
O vereador e ex-judoca Aurélio Miguel é acusado pelo Ministério Público de cobrar proprina para fazer vista grossa a obras irregulares em vários shoppings da capital paulista. A investigação começou em junho do ano passado. Segundo o Ministério Público, o esquema de liberação irregular de obras e cobrança deficitária de taxas envolve uma empresa responsável pela ampliação de pelo menos cinco shoppings da capital.
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O ex-diretor do Aprov, setor da prefeitura responsável pela liberação das obras, é acusado de receber mais de R$ 4 milhões para facilitar as expansões. Segundo a promotoria, Hussain Aref Saab adquiriu mais de cem imóveis durante os sete anso em que esteve à frente do órgão.
Ele teve os bens bloqueados pela Justiça e foi afastado do cargo. O papel de Aurélio Miguel no esquema, de acordo com o promotor, era o de evitar empecilhos. Na época, o vereador era presidente de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigava irregularidades no cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em São Paulo.
Aurélio Miguel teria se aproveitado do cargo para exigir R$ 200 mil de cada shopping em troca do silêncio. A assessoria do vereador Aurélio Miguel informou que ele não vai comentar as acusações do Ministério Público. Na Câmara Municipal, o ex-judoca fez um pronunciamento em que se defendeu.
Ele disse que as denúncias são infundadas e que já pediu a abertura de um inquérito policial por calúnia. O vereador afirmou também qeu os 25 imóveis estão em nome dele e das empresas dele constam na declaração do Imposto de Renda e foram adquiridos a partir de herança e da compra e venda de imóveis em São Paulo.
O salário do vereador na câmara não chega a R$ 10 mil. A Justiça decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Aurélio Miguel. O Ministério Público pediu ainda o bloqueio dos bens, o afastamento do cargo, a reposição dos valores arrecadados ilegalmente e o pagamento de uma multa.
O vereador responde a dois processos: por improbidade adminstrativa e corrupção passiva. Se condenado, pode perder o cargo e pegar até 72 anos de prisão. Aurélio Miguel também é investigado em outros dois inquéritos por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
Assista ao vídeo:
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