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Dez pessoas são presas em SP suspeitas de falsificar diplomas

Empresa vendia certificações falsificadas de curso superior, mestrado e doutorado de diversas faculdades

São Paulo|Fabíola Perez, do R7


Local onde eram feitos os diplomas falsos
Local onde eram feitos os diplomas falsos

Pelo menos dez pessoas foram presas na tarde dessa quarta-feira (28), acusadas de integrar um esquema de falsificação de diplomas de curso superior, especializações de mestrado e até doutorado. A empresa que operava o esquema, segundo a investigação, é o Grupo Digamma Educacional.

O caso é investigado pelo 22º DP, em São Miguel Paulista. Foram presas dez pessoas suspeitas de fazer parte do esquema e 30 outras estão na delegacia para serem ouvidas e fornecerem detalhes sobre o funcionamento do esquema. A previsão da Polícia é que sejam ouvidas, pelo menos, 23 pessoas na tarde e noite desta quarta-feira.

O delegado responsável pelas investigações Moisés Leite Tavares afirmou que o esquema operava em endereços diferentes em São Paulo. “Havia uma gráfica, no Itaim Paulista, um centro de atendimento ao cliente e um escritório de negócios em São Miguel”, afirmou Tavares. “Era um esquema muito bem organizado e complexo. Estou ouvindo pessoas envolvidas para entender como funcionava”, diz.

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Como operava

Segundo as investigações, o grupo entrava em contato com faculdades em más condições financeiras ou em falência. “Eles enrolavam para fazer o pagamento”, diz o delegado. A negociação foi feita com, pelo menos, cinco faculdades em diferentes estados do país, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.


Por meio de denúncias, investigadores da Polícia Civil chegaram aos locais em a empresa funcionava. “Pessoas de outros estados vinham a São Paulo para obter autorização da empresa para representa-la no estado”, diz o delegado. Além disso, os acusados teriam carimbos de autoridades de educação falsificados em diplomas em branco.

O acusado de ser o mandanta do crime possui duas passagens pela Polícia por estelionato. "Precisamos apurar todos os detalhes sobre o crime por se tratar de um esquema com muitas vítimas", afirmou Tavares. Uma das forma que o esquema de falsificação de diplomas ficou conhecido foi quando, no Mato Grosso do Sul, 30 alunos teriam se formado no curso de Direito no período de seis meses - enquanto que o curso possui duração de cinco anos.


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O delegado informou ainda que, nos próximos dias, as investigações devem ser encaminhadas à Polícia Federal por se tratar de um crime interestadual.

O Grupo Digamma Educacional foi procurado pela reportagem na tarde desta quarta-feira (28), porém, o site da empresa estava fora do ar. O R7 também não obteve retorno por meio do telefone disponível nas redes sociais do grupo.

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