Em meio à greve, prefeitura de SP contrata professores temporários
Paralisação contra a reforma da previdência municipal teve início na segunda-feira (4). Novos servidores convocados têm até o dia 18 para se apresentar
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
A Prefeitura de São Paulo começou, na segunda-feira (11), a contratar professores temporários que substituirão os servidores municipais em greve desde o dia 4 de fevereiro. Os primeiros 19 temporários foram chamados para a Diretoria de Ensino da Freguesia do Ó, na Brasilândia, na zona norte, e terão até o dia 18 para se apresentar.
De acordo com a administração municipal, todos os profissionais são aprovados no último concurso aberto pela Secretaria Municipal de Educação, em 2016.
No sexto dia útil da greve, 127 escolas, das cerca de 3,5 mil unidades existentes, ficaram paralisadas na segunda-feira. Na sexta-feira, foram 144 escolas sem aula. Nas demais áreas da administração municipal, cerca de 2% dos serviços e unidades ficaram sem atendimento, no mesmo patamar de adesão verificado no final da semana passada.
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Greve dos servidores
O anúncio da greve e o início da mobilização ocorre desde a madrugada da segunda-feira (4), quando também começaram as aulas das escolas da cidade. De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal, mais de 20 mil servidores participaram da manifestação e assembleia realizada na tarde da segunda-feira, em frente ao prédio da Prefeitura, no primeiro dia de greve do funcionalismo.
A paralisação dos servidores tem como objetivo protestar contra as mudanças estabelecidas na reforma da previdência municipal, aprovada em 26 de dezembro pelo prefeito Bruno Covas. Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que está monitorando o movimento dos servidores municipais “com o objetivo de mitigar eventuais transtornos à população.”
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O sindicato afirma que a greve inclui todos os servidores de educação, que protestam contra o projeto de lei 17.020 do ano passado que prevê a reforma da previdência municipal. A proposta estabelece o aumento da alíquota básica de contribuição dos servidores de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior ao teto de R$ 5,6 mil.
De acordo com o presidente do sindicato Cláudio Fonseca, entre 70% e 80% dos servidores públicos de educação devem aderir à greve. "Tivemos uma assembleia unificada com todos os servidores públicos pela revogação do aumento da contribuição previdenciária", diz. "Queremos a valorização dos serviços públicos para que eles entregarem à população serviços de qualidade", afirma.