Entenda as reivindicações de motoristas e cobradores de ônibus que estão em greve em SP
Motoristas pedem reajuste salarial, fim da hora de almoço não remunerada e do desconto no vale quando entregam atestado
São Paulo|Do R7
A greve realizada pelos motoristas de ônibus provocou um caos na cidade de São Paulo desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (14). A paralisação ocorre devido à falta de negociação entre os trabalhadores da categoria, motoristas e cobradores, e o sindicato patronal, que representa as empresas que comandam as linhas.
Na busca de direitos, motoristas pedem reajuste salarial de 12,47%, fim da hora de almoço não remunerada, participação nos lucros (PLR), isenção do desconto no vale-refeição quando os trabalhadores entregam atestado médico e melhorias no plano de saúde.
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A categoria vinha ameaçando uma greve desde a semana passada, caso os pedidos não fossem atendidos. Não houve paralisação generalizada devido à liminar judicial que garante o funcionamento de 80% da frota nos horários de pico e 60% fora desses horários.
Mesmo assim, trabalhadores de toda a capital que dependem do transporte público tiveram as rotas afetadas devido à grave. Alguns chegaram a ter, inclusive, de voltar para casa, pois nem todas as linhas estão circulando. Do total de 1.200 linhas, 713 estão paradas e apenas 487 em operação.
Segundo o Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas de Ônibus), o julgamento do díssidio (decisão judicial) relativo à greve e aos salários está agendado para esta quarta-feira (15), às 15h, mas haverá uma tentativa de antecipar essa negociação para esta terça. As reuniões entre sindicato, empresas e prefeitura são acompanhadas pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).