Justiça manda soltar quatro estudantes presos durante protesto
Eles participaram do sexto ato contra o aumento das tarifas que aconteceu na terça-feira
São Paulo|Do R7

A Justiça de São Paulo mandou soltar os quatro estudantes do Mackenzie e outras dez pessoas presas em flagrante por supostos atos de vandalismo nos protestos de terça-feira (18), na região da avenida Paulista, em São Paulo. Todos, porém, tiveram de passar pelo menos mais uma noite no Centro de Detenção Provisória II de Pinheiros.
Os alvarás para a libertação não foram expedidos, porque o expediente dos fóruns da capital terminou mais cedo, às 15h30, por causa da manifestação desta quinta-feira (20), como conta o advogado Flávio Golberg, que, além dos universitários, defende também o skatista Luis Fernando Martins Calado.
— É uma coisa completamente absurda. O juiz reconhece que a prisão não procede, mas eles continuam presos por causa do horário.
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Após a decisão da juíza Flávia Castellar Olivério, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), todos eles terão de pagar fiança no valor de cinco salários mínimos (R$ 3.390), com exceção do presidente do Dacam (Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes do Mackenzie), Luis Felipe Carneiro de Sousa, de 20 anos. Ele teve a prisão revogada, pois a juíza entendeu que os PMs não citaram seu nome nos depoimentos do flagrante.
Segundo a defesa, a ocorrência registrada pela PM, que inclui formação de quadrilha, resistência, crime de dano, desacato e incêndio, é genérica e não permite identificar a conduta de cada envolvido. De acordo com a polícia, eles incendiaram um quiosque e tentaram agredir os policiais quando foram abordados. Os estudantes argumentam que queriam evitar que vândalos depredassem o local e foram pegos no meio da confusão.