Líder do PCC deve ser transferido para presídio federal de Rondônia
Operação irá transferir, além de Marcola, outros 21 membros supostamente da cúpula da facção criminosa para presídios federais
São Paulo|Fabíola Perez e Guilherme Padin, do R7
Para o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) de Presidente Prudente, o principal destino de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), deve ser transferido para o presídio federal de Rondônia. "A maior probabilidade é que Marcola seja transferido para o presídio federal de Porto Velho", afirmou o promotor à reportagem do R7.
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Uma operação que acontece nesta quarta-feira (13) irá transferir, além de Marcola, outros 21 membros supostamente da cúpula da facção criminosa para presídios federais. "Foi um esquema de segurança muito bem feito", disse Gakiya, referindo-se ao plano de ação que envolveu o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), o Governo de São Paulo e o Governo Federal.
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Ainda segundo o promtor, o líder da maior facção do país ainda se encontra "em deslocamento, já que fez escala em Brasília".
Questionado sobre a possível transferência para a Rondônia, o promotor afirma que a escolha é positiva. "Avalio essa remoção para Rondônia positivamente. O local é bem isolado e distante de São Paulo e conta com um quartel do exército no local."
Promotor recebeu ameaças do PCC por cartas
Em dezembro passado, a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) prendeu duas mulheres na saída da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, interior de São Paulo. Foram encontradas com elas duas cartas codificadas, com ordens da alta cúpula do PCC. As mulheres foram presas em flagrante.
As cartas continham um suposto plano de matar um servidor da SAP (Sistema Administração Penitenciária) e Lincoln Gakiya, se a cúpula da facção fosse transferida para presídios federais. O próprio promotor confirmou a informação na época.
Um mês depois, em janeiro, novas cartas de supostos membros da facção criminosa foram apreendidas. O material foi interceptado dentro da Penitenciária de Junqueirópolis, no interior de São Paulo.
Em uma delas, se questionava a demora em cumprir a ordem de eliminar o promotor e agentes penitenciários.