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Ministério Público de São Paulo instaura inquérito para investigar Enel após apagão

Objetivo é analisar o prejuízo à população, a quantidade de equipes disponíveis para atender clientes e a redução de funcionários

São Paulo|Nayara Paiva e Luan Leão, da Agência Record

Cerca de 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz
Cerca de 2,1 milhões de pessoas ficaram sem luz

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou um inquérito civil, na tarde desta quinta-feira (9), para apurar as irregularidades da concessionária de energia Enel durante o apagão no estado de São Paulo na última sexta-feira (3).

O objetivo é analisar o prejuízo e o sofrimento causados à população, a quantidade de equipes disponíveis para atender os clientes e a redução de 35% dos funcionários nos últimos anos — além de obrigações contratuais e prejuízos ao patrimônio público estadual e municipal.

O inquérito é representado pela Samorcc (Associação de Moradores e Empreendedores do Bairro Cerqueira César).

No documento enviado pelo MP-SP, um dos apontamentos é a informação de que, após seis dias desde a queda de energia, alguns moradores ainda não tiveram o restabelecimento do serviço.


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A ausência do fornecimento elétrico causou prejuízos, como alimentos perecíveis estragados, e houve pessoas com doenças que precisavam de aparelhos específicos, como respiradores.

Outro item considerado foi em relação à demora no atendimento ao cliente na central telefônica e à falta de esclarecimento da situação.

Será expedido um ofício à Enel, ao qual ela deverá responder em um prazo de 15 dias, sobre quedas de energia, listagem de ruas que ficaram sem fornecimento, explicação da demora, plano de emergência adotado, informações a respeito das demissões, contratos com terceirizadas e novas medidas adotadas para evitar futuras quedas.

Outro ofício também será enviado à Prefeitura de São Paulo, que deve ser respondido em até 20 dias, com o prejuízo na cidade e as medidas adotadas para auxiliar no restabelecimento da energia.

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