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MP acompanha investigação sobre mortes em Paraisópolis

A promotora do I Tribunal do Júri, Soraia Bicudo Simões, foi a escolhida. No domingo (1°), nove pessoas morreram durante ação da Polícia Militar

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7*

Ação da PM em Paraisópolis, na zona sul de SP, resulta em nove mortes
Ação da PM em Paraisópolis, na zona sul de SP, resulta em nove mortes

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) designou uma promotora específica para acompanhar as investigações acerca da ação da Polícia Militar que resultou em nove mortes no domingo (1°) em Paraisópolis, comunidade periférica na zona sul da capital paulista.

De acordo com o comunicado, a designação foi feita pelo próprio procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio. A promotora do I Tribunal do Júri, Soraia Bicudo Simões, foi a escolhida.

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Mais cedo, a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo solicitou que os policiais militares envolvidos na ocorrência sejam afastados do serviço operacional das ruas. “A ocorrência foi desastrosa, pois acabou com tamanho número de mortes. A improvisação e a precipitação podem ter contribuído, direta ou indiretamente, para as mortes dessa tragédia”, disse o ouvidor Benedito Mariano.


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O pedido tem caráter preventivo e visa realocar os agentes para serviços administrativos enquanto a investigação do caso é realizada. O afastamento só pode ser determinado pelo comando da PM, que nesta segunda indicou que o pedido não será atendido.

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“Os policiais não estão afastados. Eles estão preservados. Nós temos de concluir o inquérito. Não haverá açodamento de condenados anteriormente antes do devido processo legal”, argumentou o comandante-geral, coronel Marcelo Salles.

As mortes ocorreram durante a madrugada de domingo (1º), no Baile da 17, em Paraisópolis. Durante ação da PM, houve tumulto, correria e jovens foram pisoteados. Vídeos gravados por moradores mostram policiais agredindo fisicamente jovens não-armados em vielas da comunidade.


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O porta-voz do órgão, tenente-coronel Emerson Massera, disse, por sua vez, que a PM espera a conclusão da perícia, “mas provavelmente tenha sido essa (pisoteamento) a origem da morte lamentável dessas pessoas, pelo menos três adolescentes”. Massera afirmou, ainda, que “pessoas jovens que perderam a vida de maneira completamente imbecil”.

Autoridade máxima, o governador João Doria (PSDB) alegou que, apesar de nove mortes provocadas durante ação da PM, o programa de segurança pública não sofrerá alterações. "Os procedimentos, a atitude e o comportamento da Polícia Militar, ou seja, o programa de segurança pública do governo do estado de São Paulo não vai mudar", defendeu.

*Com informações da Agência Estado

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