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MP diz ter provas para denunciar PMs por tragédia no Baile da Dz7

Promotora afirma que PMs tiveram a intenção de encurralar jovens durante ação no baile funk em dezembro de 2019, que terminou com nove vítimas

São Paulo|Gabriel Croquer*, do R7

Manifestantes seguram cartazes com foto dos nove jovens mortos no baile
Manifestantes seguram cartazes com foto dos nove jovens mortos no baile

O Ministério Público de São Paulo diz já ter provas suficientes para denunciar os policiais militares que participaram da operação no baile da Dz7, em Paraisópolis, que terminou com a morte de nove jovens, entre 14 e 23 anos, na madrugada do dia 1º de dezembro do ano passado. 

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Segundo a promotora Luciana André Jordão Dias, os policiais militares tiveram a intenção de encurralar os jovens frequentadores de baile funk, que reunia aproximadamente 5 mil pessoas. A promotora também afirma que os agentes sabiam que as pessoas não teriam uma rota de fuga disponível e que a situação poderia acabar em tragédia. 

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A chegada da polícia ao baile ocorreu durante um patrulhamento na Operação Pancadão, o que causou tumulto. De acordo com a Polícia Militar, policiais do 16º Batalhão Metropolitano reagiram após dois homens em uma moto efetuarem disparos de arma de fogo.


Houve perseguição e os agentes, que também estavam de moto, seguiram os homens até o baile funk que acontecia na comunidade. O evento reunia, por volta das 4h, cerca de 5.000 pessoas. A PM afirma que os criminosos continuaram atirando enquanto fugiam.

A versão é contestada por familiares e participantes do baile, que apontaram truculência na ação da polícia.


Após a tragédia, o DHPP, da Polícia Civil de São Paulo, instaurou uma investigação para apurar a ação de 31 policiais no baile funk. A Corregedoria da Polícia Militar também abriu inquérito, com a conclusão de que a ação dos policiais foi lícita e em em legítima defesa

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Laudos oficiais apontaram que as nove vítimas naquela madrugada morreram após serem pisoteadas pela multidão, que foi dispersa na ação policial.

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que "a autoridade policial responsável pelas investigações está adotando as medidas cabíveis para prestar os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público Estadual".

O órgão adicionou que os 31 policiais investigados já prestaram depoimento e permanecem em trabalho admnistrativo. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Clarice Sá

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