Uma voluntária que cozinhou a comida que estava na marmita suspeita entregue a dois homens em situação de rua em Itapevi, na Grande São Paulo, afirma que ela e a família comeram da quentinha e não passaram mal. Os dois moradores de rua morrerame outras duas pessoas, um menino de 11 anos e uma jovem de 17, que se alimentaram da mesma comida, estão internadas. Leia também: Assassino de Rafael Miguel está na lista dos mais procurados de SP "Nós também comemos dessa comida. Eu comi, meu esposo comeu, levou pro trabalho e está todo mundo bem", afirma Agda Casimiro. A voluntária, que costuma preparar as marmitas na cozinha de uma igreja, procurou a delegacia voluntariamente para depor.Veja também: Polícia pede quebra de sigilo bancário de líder comunitária Agda afirmou que havia entregue alimentos na noite de terça-feira (21) e disse que não reconheceu os pontinhos pretos que foram encontrados na refeição como sendo um tempero. Imagens de uma câmera de segurança mostram a chegada de voluntários ao local na mesma noite para fazer a entrega das marmitas. Na tarde desta quinta-feira (23), a polícia periciou a cozinha. O delegado Aloyzio Mendonça Neto, responsável pelo caso afirma que a polícia trabalha com três linhas de investigação. Uma delas é a de que o alimento fpo contaminado antes da entrega, a outra, de contaminação após a entrega e a terceira, de que o alimento estivesse estragado - que, na avaliação dele, é a mais remota das três.Leia também: Suspeitos são presos por fabricação clandestina de armas em SP Os corpos de José Luis de Araujo Conceição, de 61 anos, e de Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37 anos, foram sepultados nesta quinta-feira. O menino Fábio Araújo, de 11 anos, está intubado e segue internado no Hospital Geral de Pirajussara, tomando uma medicação preventiva caso seja comprovada a contaminação da comida. Naiara Cardoso Romano, de 17 anos, foi transferida para o Hospital Geral de Osasco e também está intubada A polícia não sabe ainda se a marmita que causou a intoxicação foi entregue na terça-feira ou em algum dia anterior. Os familiares das vítimas também já foram ouvidos. O delegado aguarda os exames necroscópicos e toxicológicos para concluir o inquérito.