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Mulher sem braços e pernas é encontrada em saco de lixo em rio na zona norte de SP

Corpo estava inchado, irreconhecível e cheio de bichos; vítima ainda não foi identificada

São Paulo|Do R7, com Agência Record

O corpo de uma mulher, sem os braços e as pernas, foi encontrado boiando, em um saco de lixo, no rio Cabuçu, na rua Bahia de Santa Clara, no bairro Jaçanã, zona norte de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (23). Os bombeiros receberam um chamado à 1h30 e constataram que a vítima era uma mulher só com o tronco e a cabeça. 

Os policiais informaram que o corpo dela devia estar há muito tempo na água, pois estava muito inchado, irrecorrecível e cheio de bichos. Devido ao estado de decomposição do corpo, ainda não foi possível identificar a vítima, tampouco a idade dela.

A polícia também não soube precisar se tinha tiros ou ferimentos. O caso foi encaminhado para o 73° Distrito Policial (Jaçanã).

Esquartejado pela mulher


O empresário Marcos Matsunaga foi encontrado morto e esquartejado na beira de uma estrada, próxima à capital paulista, em maio do ano passado. A mulher dele Elize Araújo Kitano Matsunaga confessou o crime. Vítima era herdeira da Yoki, um dos maiores grupos alimentícios do País.

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Em junho deste ano, Elize ficou calada durante o segundo interrogatório no processo da morte do executivo da Yoki, Marcos Matsunaga, em que ela é ré. O juiz Adilson Paukoski Simoni ainda vai decidir se a viúva do empresário vai ou não a júri popular.

O advogado Luciano Santoro, que defende Elize, disse que o laudo de exumação do corpo do empresário, divulgado em abril, fez com que a cliente dele enxergasse a “possibilidade de um julgamento justo”.


— Depois que veio a exumação, a confiança aumentou. Imagina você falar uma coisa para o juiz, você tem certeza daquilo que está falando, mas as provas estavam indicando o contrário? Era como se estivesse dando um murro em ponta de faca. A sensação que ela teve depois que veio o laudo da exumação foi o contrário. Foi de que ainda há possibilidade de um julgamento justo, ainda há possibilidade que seja julgada pelo que fez, e não por outros fatores ou outras questões.

O resultado da exumação provocou interpretações distintas por parte da defesa e da acusação. Os defensores vinham contestando o laudo necroscópico, que afirmava que a vítima ainda estava viva ao ser degolada. Este detalhe rendeu mais uma qualificadora — meio cruel — a Elize, que foi acusada de homicídio doloso triplamente qualificado, além de ocultação de cadáver. 

Na análise de Luciano Santoro, o laudo da exumação foi favorável por indicar que Marcos Matsunaga estaria inconsciente logo após ter levado o tiro na cabeça, portanto, não teria sofrido ao ser esquartejado. Já para a acusação, o laudo foi inconclusivo. O documento diz que a “avançada putrefação impediu identificar qualquer tipo de reação vital” e enfatizou que o exame não foi capaz de determinar por quanto tempo a vítima permaneceu viva após ser baleada.

Os dois laudos, porém, apresentam uma convergência: ambos indicam que a trajetória da bala foi descendente, colocando em xeque a versão apresentada pela bacharel em direito. Ao ser interrogada pela polícia, ela afirmou ter atirado em Marcos, quando ambos estavam de pé. Como tem estatura menor do que a da vítima, o trajeto percorrido pelo projétil teria que ser de baixo para cima. A defesa tem uma justificativa: sugere que o "alvo era móvel", que o empresário não ficou parado "esperando o tiro".

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