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‘Não temos informação sobre as causas do acidente’, diz presidente da Voepass

Segundo representantes da empresa, previsão de gelo estava dentro do aceitável para o que aeronave suporta

São Paulo|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília

'Imagem de dor', diz representante de companhia aérea sobre vídeo de queda de avião R7 - 09.08.2024

“Não temos informação sobre as causas do acidente”, disse Eduardo Busch, CEO da Voepass Linhas Aéreas, em coletiva de imprensa realizada na noite desta sexta-feira (9). A companhia é responsável pela aeronave ATR 72 que caiu hoje em Vinhedo (SP) deixando 61 vítimas. Emocionado, o empresário homenageou os colegas que compunham a tripulação e declarou que a prioridade da empresa neste momento é prestar apoio e solidariedade às famílias, além de cooperar com as investigações das autoridades brasileiras.

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Busch reafirmou que a aeronave tinha todas as autorizações para voar e que a equipe era experiente, com longas horas de voo. Sobre obstáculos climáticos durante o voo, o diretor de operações Marcel Moura explicou que não descarta nenhuma hipótese, mas que a aeronave tinha sensibilidade ao gelo, mas que qualquer conclusão ainda é muito precoce.

“O ATR tem características de voo, ele tem uma sensibilidade um pouco maior à situação de gelo. Ela não é descartada, como também nenhuma hipótese é descartada nesse momento”, disse. Ele afirmou que a empresa colabora com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) fornecendo todas as informações necessárias para a investigação.

“Nós também estamos querendo saber qual foi a informação que vai começar a ser clareada a partir desse momento. O avião é sensível ao gelo, é um ponto de partida pode ser, mas ainda é muito precoce qualquer tipo de ideia em relação ao evento”, descreveu.


Os representantes da empresa também informaram que a aeronave passou por manutenção de rotina na noite anterior ao acidente e que, até então, tudo estava dentro do padrão técnico observado pela companhia. Ainda de acordo com os representantes da Voepass, o avião estava em rota normal até a queda. Os empresários lembraram que ainda precisam ser analisadas informações para que as causas sejam compreendidas.

“Aquela imagem [da aeronave em queda livre], ela não sai da minha cabeça e é uma imagem de dor porque a gente viu que é uma perda de controle da aeronave causada por alguma coisa. É uma imagem que ela pode ajudar na investigação, mas no momento agora ela é uma imagem de dor para todo mundo”, lamentou Eduardo Busch.


Como ocorreu o acidente

O avião da companhia Voepass, antiga Passaredo, caiu em Vinhedo (SP), com 62 pessoas a bordo, na tarde desta sexta-feira (9). Não há sobreviventes. Entre os ocupantes, 58 eram passageiros e quatro, tripulantes.

Anteriormente, o R7 publicou, com base em informações repassadas pela própria VOEPASS, que havia 61 pessoas a bordo. A própria empresa atualizou os dados na manhã de sábado (10).

A aeronave decolou de Cascavel (PR), às 11h50, e deveria pousar em Guarulhos (SP), às 13h45. Segundo informações da FAB, partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22.

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