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No 1º trimestre de governo Doria, PM mata mais e morre menos

Entre janeiro e março deste ano, 174 pessoas morreram após supostos confrontos com policiais militares em serviço, e dois PMs morreram

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7


No 1º trimestre, PM matou 11% a mais em confrontos
No 1º trimestre, PM matou 11% a mais em confrontos

A Polícia Militar no Estado de São Paulo matou, entre janeiro e março deste ano, 174 pessoas após supostos confrontos com a força policial. O número, que considera apenas PMs em serviço, é 11% maior do que o mesmo período do ano passado.

Em contrapartida, o número de policiais militares que morreram após supostos confrontos durante serviço caiu de quatro nos três primeiros meses do ano passado para dois no primeiro trimestre de 2019. Neste ano ainda houve três mortes de PMs após supostos confrontos na folga — entre janeiro e março do ano passado foram nove.

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Todos os casos são registrados como “morte decorrente de oposição à intervenção policial”. O termo passou a ser usado pelos policiais em substituição aos antigos “autos de resistências”, como eram registrados os casos em que o suspeito abordado supostamente reage à ação da polícia.


Segundo as informações, divulgadas pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) na tarde desta quinta-feira (25), PMs de folga ainda mataram 28 pessoas no primeiro trimestre deste ano em supostos confrontos. No mesmo período do ano passado, 35 pessoas foram mortas por policiais militares de folga.

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Em 2018, no total, 811 pessoas foram mortas por policiais militares em serviço ou em folga em casos registrados como resistência por parte da vítima. O número representa mais de duas vítimas da PM por dia no Estado de São Paulo.

Outro lado


Procurada pelo R7, a SSP-SP disse que "defende a investigação rigorosa de todas as ocorrências e tem trabalhado para reduzir os casos de morte em decorrência de intervenção policial".

A pasta compara o número de mortos em supostos confontros com a quantidade de pessoas presas pelas forças de segurança paulista que, segundo a secretaria, representa 0,5% — houve 48.479 prisões.

"A fim de garantir maior eficácia nas investigações de mortes em decorrência de intervenção policial, a SSP editou a Resolução SSP 40/2015, que determina o comparecimento das Corregedorias e dos Comandantes da região, além de equipe específica do IML e IC nesses casos", disse a pasta.

Por fim, a secretaria afirma que todas ocorrências são investigadas por meio de Inquérito Policial Militar instaurado pelos batalhões e também pela Polícia Civil, e o casos são acompanhados pela Corregedoria da Polícia Militar.

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