Obras do monotrilho de São Paulo serão retomadas e ganham nova previsão de entrega
Metrô assinou contrato com construtora após rompimento com consórcio em maio de 2023 por atrasos e descumprimentos
São Paulo|Do R7, com informações da Agência Estado

As obras de construção da linha 17-Ouro do Monotrilho de São Paulo, suspensas após o governo do estado rescindir o contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro (CMO), em maio de 2023, serão retomadas.
Na quinta-feira (31), o Metrô de São Paulo assinou contrato com uma nova empresa, a Agis Construção S.A., que será responsável por retomar os serviços de sete estações, da via e do Pátio Água Espraiada.
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A linha 17-Ouro liga o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, à estação Morumbi, da linha 9-Esmeralda da CPTM. A construção se arrasta desde 2011 e deveria ter ficado pronta em 2014, para a Copa do Mundo no Brasil.
A linha é vista como importante por interligar de forma direta o aeroporto à rede de transporte, além de atender a um trecho populoso da zona sul da cidade. Paraisópolis, onde a linha deve passar, é a segunda maior comunidade da capital paulista.
"A retomada das obras é um anúncio importante, mas exige sobriedade. Não é momento para qualquer celebração porque a sociedade aguarda esta entrega há uma década", reconheceu Júlio Castiglioni, presidente do Metrô. "O conturbado histórico desta obra da linha 17 exige mais trabalho e menos palavras".
A assinatura da ordem de serviço está prevista para acontecer no próximo dia 11 de setembro e, a partir daí, a nova construtora precisa retomar os trabalhos em até 30 dias. A estimativa é de que as obras sejam concluídas no segundo trimestre de 2025, com a linha entrando em operação em 2026.
Nos primeiros oito anos de obras, foram construídas parte das estações e da via elevada, mas atrasos nas execuções causaram rompimentos dos acordos com as empresas responsáveis.
Uma nova leva de licitações foi realizada em 2020, momento em que o governo definiu a empresa para a fabricação de sistemas e dos trens – que segue ativa na China – e que deu ao CMO o contrato para concluir sete das oito estações da Linha 17, além do Pátio Água Espraiada e da via elevada.
O acordo, entretanto, foi rescindido em maio de forma unilateral por descumprimentos contratuais na execução dos trabalhos e no atendimento ao cronograma de obras. O Metrô ainda multou o consórcio em R$ 118 milhões.