Paese atende a 21 linhas de ônibus na zona leste de SP

O Plano Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) atende a 21 linhas de ônibus na zona leste de São Paulo na manhã desta segunda-feira (14). Na última sexta-feira (11), a prefeitura pôs fim ao contrato de concessão da empresa Viação Itaquera Brasil (antiga Viação Novo Horizonte). A ausência de pagamento de salários aos trabalhadores da firma gerou uma greve na manhã de sexta-feira, na zona leste da capital, o que se tornou a gota d’água para a prefeitura.

Este já é o segundo contrato da gestão municipal a ser rompido em dois meses. Em setembro, a concessionária Oak Tree, que operava na zona oeste, encerrou as atividades por falta de pagamento de salários. A Viação Itaquera Brasil atendia a 150 mil passageiros todos os dias. A empresa tinha 220 coletivos e era responsável por 24 linhas de ônibus. O Paese funciona com 210 coletivos das empresas Vip, Viasul e Sambaída. 

CPTM

No início da manhã, a linha 11-Expresso Leste da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) teve problemas de circulação. Segundo a assessoria de imprensa, uma falha foi constatada às 6h30 na estação José Bonifácio. O problema foi resolvido às 7h e, meia hora depois, a linha estava em processo de normalização. A linha 11 vai da Luz até Guaianazes.

As outras linhas de ônibus municipais e intermunicipais e todos os trens do metrô e da CPTM funcionavam normalmente por volta das 7h30 desta segunda-feira.

Mais de 11 mil multas

Segundo nota da Prefeitura de São Paulo, descredenciamento da Viação Itaquera Brasil aconteceu por causa das sucessivas falhas na prestação de serviços. A Secretaria Municipal de Transportes e a SPTrans irão anunciar, nos próximos dias, a reorganização geral das linhas de toda a região onde a Novo Horizonte/Itaquera Brasil atuava na zona leste, visando racionalizar o sistema e melhorar a eficiência da operação.

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Somente neste ano, segundo a prefeitura, a Viação Novo Horizonte/Itaquera Brasil recebeu 11.038 multas em função de mau atendimento à população. Do total de autuações emitidas, as principais são por descumprimento de intervalos e partidas e por veículos quebrados aguardando socorro no sistema viário. No mesmo período, a empresa foi alvo de 8.030 reclamações de usuários, todas referentes à qualidade do serviço, sendo que a queixa mais frequente é por excesso de intervalo em suas linhas.

Entre os itens mais citados há, também, casos de motoristas que não atendem ao sinal de parada, direção perigosa, e descumprimento de partidas, o que ratifica a fiscalização realizada pela SPTrans e as consequentes multas aplicadas à empresa. De acordo com o IQT (Índice de Qualidade de Transporte), elaborado pela SPTrans sobre o serviço prestado e referente ao primeiro semestre de 2013, a empresa teve uma nota de 46,09. Isto significou sua classificação em último lugar no ranking das operadoras na cidade, enquanto que a média geral das empresas alcançou a avaliação de 66,1. Esse índice considera itens como cumprimento de partidas, ocupação dos veículos, acidentes, reclamações, manutenção dos veículos e multas.

Oak Tree

A Oak Tree, concessionária de transporte público que operava na zona oeste da cidade, formalizou no início de setembro o encerramento de suas atividades na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo. A empresa vinha apresentando problemas na prestação de serviços.

O serviço foi suprido pelas demais empresas do Consórcio Sudoeste, formado pelas viações Transppass e Gato Preto, que assumiram as nove linhas até então operadas pela Oak Tree, que atuava com 83 veículos.