Pais de alunos da Escola Estadual Raul Brasil, palco do massacre no último 13 de março, marcaram uma manifestação para o início da tarde desta quinta-feira (19), em frente à escola, para pedir um posicionamento da instituição e do Governo do Estado de São Paulo em relação à reforma que acontecerá no local nos próximos meses.
O protesto se dará pelo fato de que, desde que as informações sobre as obras foram divulgadas, boatos sobre um possível remanejamento dos alunos para outro espaço durante o período das obras.
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Nadja Gomes, membra da associação de pais da escola, falou ao R7 sobre o protesto. “Será uma manifestação pacífica. Não conseguimos essa informação (sobre o possível realojamento) nem do Estado nem da direção da escola. Queremos um posicionamento, porque nossos filhos estão aflitos”, disse ela.
Para a mãe Liliane de Oliveira, há uma “falta de clareza do Estado em relação a algumas situações. Sabemos que há uma possibilidade remanejamento das crianças para a reforma. Precisamos saber se haverá uma logística. Não é simplesmente transferir os filhos pra qualquer lugar. Isso tem que ser conversado com os pais, porque são os nossos filhos”.
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Liliane também relatou que “pedimos para a Secretaria de Educação do Estado fazer uma reunião conosco e não houve resposta. Eles falaram que iam dar uma resposta na semana passada e não houve resposta. Tem muita informação desencontrada e boatos na escola sendo passados para os alunos. Eles entram em apavoramento”.
“Os alunos estão com medo, com receio pelo que aconteceu, pelo que passaram. Então ficam com medo de serem tirados dali e jogados em outro lugar. Falta um pouco de respeito do Estado. Sabemos que as pessoas não estão totalmente bem para tratarem com tanta irresponsabilidade”, concluiu Liliane.
Perguntada sobre qual resposta daria aos pais dos alunos da escola Raul Brasil, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo afirmou que, assim que os detalhes sobre a reforma estiverem finalizados, a comunidade escolar será devidamente informada. O órgão concluiu dizendo que “a diretora da escola está à disposição dos pais ou responsáveis pelos alunos para quaisquer esclarecimentos”.
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Seis meses após o massacre, a rotina na escola era diferente do que foi antes do ataque. Com certa apreensão dos vizinhos e acompanhamentos de pais e da Polícia Militar, a movimentação na Rua Otávio Miguel da Silva e a rotina dos estudantes era diferente: antes do ataque em 13 de março, a rua da escola tinha mais movimento de estudantes e transeuntes em horários de aula. Depois, como relatam vizinhos, as ruas ficam desertas por boa parte do tempo Das feridas, união: alunos de Suzano se juntam para superar traumas