PF prende acusado de matar líder do PCC após voo de helicóptero no CE
Homem é apontado como responsável pela morte de Gegê do Mangue e Paca, dois líderes da facção criminosa, executados no Ceará no ano passado
São Paulo|Do R7
André Luis da Costa Lopes, conhecido como "Andrezinho da Baixada", procurado pela polícia acusado de matar os líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi preso no final da tarde desta quinta-feira (31), na Praia Grande, litoral sul de São Paulo. Outros dois homens já foram presas acusadas de participarem do crime.
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Andrezinho da Baixada é acusado pelos assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o "Gegê do Mangue", e Fabiano Alves de Souza, o "Paca". O crime ocorreu em Aquiraz, no Ceará, em fevereiro do ano passado.
No momento da prisão, André tentou usar um documento falso para negar a identidade, que já havia sido checada e confirmada pelos agentes da Polícia Federal que realizaram a prisão, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo e do Ceará.
O suspeito foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal, na região da Lapa, zona oeste da capital, onde aguarda transferência para uma unidade prisional para cumprir a decisão da Justiça do Ceará sobre as mortes dos integrantes da faccção e também foi autuado em flagrante pelo uso de documento falso.
Entenda o caso
Gegê do Mangue, maior liderança do PCC nas ruas, foi assassinado em uma suposta emboscada na reserva indígena de Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza, no Ceará. Com Gegê, também foi encontrado morto o Paca. O Ministério Público do Estado de São Paulo suspeita que o crime tenha sido motivado por disputas internas da facção.
As mortes teriam ocorrido na madrugada de sexta-feira (16) e os corpos foram encontrados na manhã seguinte. Testemunhas relataram à polícia cearense que um helicóptero pousou na região e logo depois foram ouvidos uma sequência de disparos. Investigadores paulistas acreditam que tenha sido montada uma emboscada contra Gegê e Paca.
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Milhões
O tráfico internacional de drogas na Bolívia e no Paraguai estaria rendendo ao Gegê do Mangue e ao comparsa Paca lucros entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões por mês.
Além de abastecerem as chamadas “biqueiras” na Grande São Paulo, Gegê e Paca atuavam também no comando do tráfico de drogas além das fronteiras. Investigações apontam que o que teria dado errado no caso de Gegê, e incomodado o líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, seria a mistura dos negócios particulares com os da organização.
Padrão de Vida
Uma mansão avaliada em R$ 2 milhões e registrada em nome de um “laranja” é apontada pela Polícia Civil do Ceará como o local em que Gegê e Paca moravam em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza.
“Embora eles e as famílias vivessem bem, não era esse o padrão de vida que tinham”, diz o promotor do Gaeco. Por isso, as suspeitas de que a vida de luxo teria sido possibilitada a partir de supostos desvios do caixa do PCC.