Um PM à paisana ameaçou e agrediu o entregador André Andrade Mezzeti, de 29 anos, em São Paulo. O policial alegou que o motoboy tentou assaltá-lo. Já parentes e amigos do entregador questionam a conduta do policial e dizem que houve abuso na abordagem.
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Em imagens gravadas por uma moradora da rua onde a abordagem aconteceu, o motoboy aparece no chão enquanto o policial segura e aponta uma arma para o entregador. Em determinado momento, o agente pega o homem pela gola da camiseta e o arrasta até o muro de uma casa.
Em um outro trecho do vídeo, o André questiona a atitude do policial. Um homem de camiseta azul tenta intervir e o PM manda ele sair de perto. Pouco tempo depois, uma viatura da Polícia Militar chega e o motoboy é preso.
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O entregador foi encaminhado para uma unidade de saúde com ferimentos na cabeça e só recebeu alta na manhã do dia seguinte, depois que o boletim de ocorrência já havia sido registrado como tentativa de assalto. Portanto, sem o depoimento de André.
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Paschoal Caruso, advogado do motoboy, questiona a ação do policial e também a forma como o boletim foi registrado. Segundo ele, no depoimento do PM registrado no BO consta que o policial viu André "em uma atitude suspeita" e voltou para abordá-lo quando o entregador fez "menção de sacar uma arma de fogo".
Caruso também levanta outra questão, sobre o homem de azul que aparece nas imagens e que chegou a ir à delegacia mas saiu sem prestar depoimento.
Para a Record TV, o PM afirmou que o motoboy tentou duas vezes tirar a arma dele e, além disso, que também ficou ferido durante a luta corporal. O policial disse ainda que durante a discussão foi ameaçado de morte.
André trabalha como entregador em uma pizzaria da zona norte da capital e dá aulas de Jiu-Jitsu para crianças. O entregador também tem antecedente criminal por receptação de carro em 2013. Porém, de acordo com o advogado dele, ele comprou o veículo sem saber que se tratava de um carro roubado.
O motoboy teve a prisão preventiva decretada e será transferido para o centro de detenção provisória do Belém, na zona leste de São Paulo.
Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) informou que todas as circunstâncias estão sendo apuradas pela Polícia Civil. A corregedoria da Polícia Militar também vai estar envolvida na apuração.