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PM que agrediu policial civil negro em SP é afastado das funções

Caso é investigado pelo 1º DP (Sé) e pela PM. O agressor já foi identificado e deixou serviço operacional. Vítima e testemunhas foram ouvidas

São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record

Policial civil negro agredido trabalha na Deatur, no centro de SP
Policial civil negro agredido trabalha na Deatur, no centro de SP

O policial militar que abordou e agrediu um policial civil negro no centro de São Paulo foi identificado e afastado do serviço operacional, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A vítima já foi ouvida, assim como testemunhas. O caso é agora investigado pelo 1º Distrito Policial (Sé) e também foi aberto um inquérito militar pelo 7º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano.

O caso aconteceu na última segunda-feira (8) em frente à 1ª Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista (Deatur), onde a vítima trabalha.

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No boletim de ocorrência, o policial civil de 39 anos relatou que, após ver três homens em atitude suspeita, decidiu abordá-los por volta das 12h45, na rua da Cantareira. Ele suspeitava que o trio estivesse se preparando para assaltar pedestres no entorno do Mercado Municipal.


Durante a abordagem, os jovens não estavam com os documentos pessoais e um deles confessou já ter sido processado por crime contra o patrimônio. A fim de verificar a identidade e os antecedentes criminais, o agente, acompanhado de mais dois colegas, decidiu conduzí-los à delegacia.

Ainda segundo o relato da vítima, na calçada, em frente ao estacionamento da delegacia, surgiram quatro PMs em motocicletas. Um deles se aproximou do policial civil e jogou a roda dianteira da moto, acertando sua perna direita.


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Imediatamente ele gritou que também era policial e mostrou seu distintivo. Mesmo assim o "policial militar desceu da motocicleta e empurrou o policial, dando uma 'peitada', e, na sequência, lhe deu uma 'cabeçada' utilizando o capacete branco da Polícia Militar", descreveu a vítima no boletim de ocorrência.


O agressor ainda gritou "vai negão, deita no chão" e "que polícia que nada seu filho da p...". Após a agressão, outros policiais civis apareceram para interceder. Em seguida, o policial militar agressor retirou sua tarjeta de identificação do uniforme e fugiu. O caso foi registrado como lesão corporal, injúria racial e violência arbitrária na 1ª Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista (Deatur).

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"A conduta lamentável praticada contra um policial civil, em frente a uma Delegacia de Polícia, demonstra o quanto que cidadãos de bem estão à mercê de abusos praticados por agentes do Estado. Se um policial, devidamente identificado, em frente a uma unidade oficial do Estado, na região central de São Paulo, foi vítima de abuso, o que pode acontecer a um cidadão abordado nos rincões da cidade? No período noturno? Sem nenhuma testemunha?", criticou o delegado Marcos Paulo da Silva, responsável pelo registro do boletim de ocorrência.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou ainda que "as polícias Civil e Militar trabalham para esclarecer todas as circunstâncias relacionadas à ocorrência."

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